Papa condena «violência cega» após atentados de Bruxelas

Francisco manifesta solidariedade às famílias das vítimas

O Papa Francisco condenou hoje a “violência cega” dos atentados que ocorreram esta manhã em Bruxelas, provocando dezenas de mortes, num telegrama enviado ao arcebispo da capital belga.

“O Santo Padre condena de novo a violência cega que gera tanto sofrimento e, implorando a Deus o dom da paz, invoca sobre as famílias provadas e sobre os belgas os bens das bênçãos divinas”, refere a mensagem divulgada pela sala de imprensa da Santa Sé.

O telegrama de condolências a D. Jozef De Kesel, enviado através do secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, manifesta “profunda simpatia aos feridos e às suas famílias”, bem como aos que estão empenhados nas operações de socorro, rezando por “conforto e consolação na provação”.

“Tendo conhecimento dos atentados que aconteceram em Bruxelas, que atingiram numerosas pessoas, sua santidade o Papa Francisco confia à misericórdia de Deus os que perderam a vida e associa-se pela oração à dor dos seus próximos”, refere o texto.

O cardeal-patriarca de Lisboa reagiu aos atentados terroristas que atingiram Bruxelas, pedindo a “serenidade possível e necessária” para manter os valores europeus neste momento de crise.

“Em momentos destes, todos nós como concidadãos da Europa e também de algum modo de Bruxelas, neste dia, temos de manter bem viva aquela que é a nossa herança, que temos de transportar em termos de Direitos Humanos”, assinala, numa declaração enviada à Agência ECCLESIA.

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa recorda a “dignidade de todos e de cada um” e o dever de “respeito pelas leis”, para que os europeus se mantenham “fiéis” àquilo que os “constitui melhor”.

“Não confundindo as coisas, não olhando estes acontecimentos como realidades mais gerais do que são”, adverte.

Para D. Manuel Clemente, os ataques terroristas são “protagonizados por grupos mais radicalizados”, que “de maneira nenhuma se podem confundir com populações, com etnias ou com religiões”.

“Por isso, com esta serenidade, vamos continuando a construir a nossa cidade e a nossa civilização europeia com os valores que estiveram na sua origem e que nenhum de nós quer deixar ficar para trás”, realça.

O cardeal-patriarca deixa uma palavra de “condolências e solidariedade” às vítimas e suas famílias, convidando todos a “guardar a memória” dos que foram atingidos pelos atentados.

Segundo o último balanço provisório das autoridades, pelo menos 34 pessoas morreram e perto de duas centenas ficaram feridas nas explosões no aeroporto de Zaventem e na estação de metro de Maelbeek, em Bruxelas.

As autoridades registaram três explosões, uma das quais “provavelmente provocada por um atacante suicida”, segundo o procurador belga.

O nível de alerta terrorista na Bélgica foi elevado para quatro, o máximo da escala.

 

(Com Ecclesia e lusa)

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