Papa desafia católicos a viver segundo «regra de ouro» do amor

Francisco sublinha perigo de uma existência centrada em si próprio

O Papa Francisco desafiou hoje os católicos a viver a “regra de ouro” do amor, num encontro de oração com peregrinos na Praça de São Pedro, Vaticano.

“A regra de ouro que Deus inscreveu na natureza humana criada em Cristo é a regra de que só o amor dá sentido e felicidade à vida”, referiu.

A intervenção alertou para os perigos de uma existência fechada em si próprio.

“Gastar os próprios talentos, as energias e o tempo apenas para se salvar, proteger e realizar a si mesmo conduz, na realidade, a perder-se, ou seja, a uma existência triste e estéril”, assinalou.

O Papa falou da experiência dos primeiros discípulos de Jesus e da tentação de apresentar um “Cristo sem cruz”, procurando fugir das dificuldades.

“Jesus recorda-nos que o seu caminho é o caminho do amor e não há verdadeiro amor sem sacrifício de si. Somos chamados a não nos deixarmos absorver pela visão deste mundo, mas a ter sempre cada vez mais consciência da necessidade e do esforço para nós, cristãos, de ir contra a corrente e em saída”, prosseguiu.

Após a oração, Francisco agradeceu aos peregrinos que levaram ao Vaticano um cartaz com votos de “boa viagem”.

O Papa desloca-se à Colômbia entre 6 e 11 de setembro, para uma visita centrada no tema da reconciliação, numa altura em que o país sul-americano está em processo de paz depois de mais de 50 anos de guerra civil.

Entretanto neste domingo, o Papa Francisco manifestou também a sua solidariedade às vítimas das cheias nos Estados Unidos da América e recordou as inundações no sul da Ásia.

“Desejo manifestar a minha viva participação nos sofrimentos dos habitantes do Texas e do Louisiana atingidos por um furacão e chuvas excecionais, que provocaram vítimas, milhares de desalojados e elevados danos materiais”, referiu, desde a janela do apartamento pontifício, no Vaticano.

“Peço a Maria Santíssima, consoladora dos aflitos, que obtenha do Senhor a graça do conforto para estes nossos irmãos, duramente provados”, acrescentou, perante milhares de pessoas reunidas no Vaticano, para a recitação do ângelus.

Francisco renovou ainda a sua “proximidade espiritual” às populações do sul da Ásia, “que ainda sofrem as consequências das cheias”.

As inundações provocadas pelo Harvey no Texas e Louisiana provocaram cerca de 50 mortes, além de milhares de desalojados, e afetaram cerca de 100 mil residências.

Já nas últimas semanas, as cheias durante a temporada de monções na Índia, Bangladesh e Nepal originaram 1200 mortes e milhões de desalojados.

 

 

 

(Com Ecclesia)

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