Papa reforça apelos à oração pela paz, pedindo que responsáveis políticos travem conflito na Ucrânia

Francisco recorda ainda vítimas de abusos e deixa “bússola” para “alcançar o Céu”

O Papa reforçou hoje no Vaticano os seus apelos à oração pela paz, pedindo que os responsáveis políticos travem o conflito na Ucrânia.

“Neste mês de maio, rezemos o Rosário, pedindo à Virgem Santa o dom da paz, em particular pela martirizada Ucrânia. Que os responsáveis das nações possam ouvir o desejo das pessoas que sofrem e querem a paz”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação da oração do ‘Regina Coeli’.

Perante milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, Francisco recordou que esta segunda-feira, no Santuário de Pompeia (Itália) decorre o momento anual de “Súplica de Nossa Senhora do Rosário”.

A oração, escrita em 1883 pelo Beato Bartolo Longo, tem como título “Ato de amor à Virgem” e é uma resposta à encíclica ‘Supremi Apostolatus officio’, com a qual o Papa Leão XIII recomendava a recitação do terço.

Ainda esta manhã, Francisco saudou os membros da Associação ‘Meter’, da Itália, que se dedica à prevenção e combate à violência contra menores.

“Estou próximo de vós com a minha oração e o meu afeto. Não deixeis nunca de estar ao lado de quem é vítima, ali está o Menino Jesus, que espera por vós”, disse, assinalando o 28.º Dia das Crianças Vítimas da Violência.

Na sua reflexão inicial, o Papa desafiou os católicos a realizar “gestos de proximidade e misericórdia para com os outros”.

“Eis a bússola para alcançar o Céu: amar Jesus, o caminho, tornando-se sinais do seu amor na terra”, sustentou.

Francisco destacou que a “a fé em Jesus não é um conjunto de ideias, no qual acreditar”, mas “um caminho a percorrer, uma viagem a realizar”.

“Jesus não se separou de nós, mas abriu-nos o caminho, antecipando o nosso destino final: o encontro com Deus Pai, em cujo coração há lugar para cada um de nós”, acrescentou.

“Quando sentimos o cansaço, a desorientação e até mesmo o fracasso, lembremo-nos para onde se dirige nossa vida. Não devemos perder de vista a meta, mesmo se hoje corremos o risco de não lembrar, de esquecer as perguntas finais, as importantes: para onde vamos? Para onde caminhamos? Por que motivo vale a pena viver?”.

No final do encontro de oração, o Papa recordou duas beatificações celebradas este sábado – a de Maria de la Concepción (Conchita) Barrecheguren, na Espanha, e a do primeiro bispo do Uruguai, D. Jacinto Vera, em Montevideo -, pedindo um aplauso para os novos beatos.

 

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