Párocos deixam felicitações aos futuros sacerdotes  

Desde o ano 2000 que o Seminário Episcopal de Angra não apresenta tantos candidatos ao sacerdócio de uma só vez

No próximo domingo D. João Lavrador vai ordenar seis novos sacerdotes, todos de São Miguel. A celebração, na Igreja de São José, às 16h00, será transmitida no facebook do Igreja Açores, em directo.

Na celebração serão ordenados Sandro Costa, Igor Oliveira, Nuno Pacheco de Sousa, João Farias, Aurélio Sousa e Pedro Carvalho.

Sandro Costa é natural das Furnas. É “um jovem seguro dos seus valores e generoso” diz o padre Ricardo Pimentel, pároco da paróquia onde o diácono Sandro Costa nasceu e despertou para a fé.

“ É intelectualmente válido e esclarecido” e qualidades como “a lealdade, espírito de serviço, espirito de entre ajuda, amizade, caridade, disponibilidade, espírito comunitário etc., são facilmente notadas nele” refere o sacerdote.

“Sempre manifestou gosto pelos estudos eclesiásticos e, por isso mesmo, desde que cheguei às Furnas notei imediatamente nele qualidades que farão dele um bom Padre” refere.

“Na Paróquia nunca tivemos razões de queixa do Sandro; mostrou-se sempre muito amigo e afável para com todos. Vejo no Sandro um jovem de oração e de Eucaristia”.

“Julgo que será uma mais-valia para a Igreja nos Açores, particularmente para a Ilha de São Jorge”.

“Convicção, compromisso” são as duas palavras que o padre Hélder Cosme define como as que melhor caracterizam o diácono Igor Oliveira, de São Roque. Será o primeiro sacerdote natural desta paróquia de Ponta Delgada, desde que há memória viva.

“Desde sempre foi decidido e convicto na sua vocação. Revelou uma enorme capacidade de trabalho na paróquia, na família e no seminário: um rapaz com todas as qualidades” adiantou o pároco que sai da paróquia depois da missa nova do ne-sacerdote que viu crescer . O jovem Igor Oliveira começou na Legião de Maria mas passou por todos os movimentos da paróquia, da catequese aos romeiros.

“No dia em que assumir uma paróquia sentir-se á bem” refere o padre Hélder Cosme.

“Embora as primeiras tarefas que lhe vão ser são atribuídas não passem por aí, algum dia há-de ser pároco e a experiência e o conhecimento que tem da paróquia vão dar-lhe lastro” referiu ainda.

“É um jovem muito comprometido: a palavra dele vale ouro”, conclui. “Para nós é muito importante esta ordenação porque se trata do fecho de um ciclo: meu e dele”.

Pedro Carvalho e João Farias são naturais de Santa Bárbara. Com personalidades diferentes têm também uma maneira diferente de ver o mundo, antecipa o pároco de Santa Bárbara, paróquia onde cresceram para vida cristã, padre Horácio Dutra.

“O Pedro é um jovem entusiasmado, um apaixonado por Cristo que procura exprimir na música o que lê no evangelho” adianta o sacerdote destacando os lugares onde o jovem seminarista colaborou na paróquia.

“Na comunidade colaborou com o grupo coral, dedicado e empenhado, procura estudar afincadamente a vida da igreja e a Sagrada escritura, o que se traduz enquanto diácono nas palavras pelo relatar da história e modus vivendi da Igreja e dos santos” conclui.

João Farias é também paroquiano de Horácio Dutra.

“O João é um jovem zeloso, desde novo dedicado à sua comunidade paroquial tendo sido catequista e leitor; apresenta enorme espírito de serviço sendo muito trabalhador. Na oração do terço, individual ou comunitariamente antes da eucaristia, encontra em Maria a sua referência de ser Igreja, que se traduz enquanto diácono nas palavras que exprime no dia a dia”, conclui o sacerdote. João Farias ruma a São Jorge e Pedro Carvalho vai para o Pico.

Em suma, ambos, segundo as suas características e dons, “procuram servir a igreja; hoje cada vez mais há que ser Igreja procurando o que nos une – o Evangelho – a verdadeira melodia do serviço que nos torna uma só comunidade paroquial que não é nossa mas de Cristo”, conclui o sacerdote.

“É com muita alegria” que a comunidade cristã do Santíssimo Salvador do Mundo, na Ribeirinha, paróquia da ouvidoria da Ribeira Grande, na costa Norte de São Miguel, “testemunha a ordenação de presbítero de mais um filho seu”. Desde o ano dois mil será o quinto sacerdote ordenado desta paróquia.

“Conheci o Nuno como aluno de EMRC na escola Secundária da Ribeira Grande e paroquiano como adolescente/jovem curioso pelas coisas da religião e da Igreja, do ensino na catequese e no apoio das diversas festas” avança ao Igreja Açores o padre Vítor Medeiros, pároco da Ribeirinha de onde é natural o diácono Nuno Pacheco de Sousa, o mais velho dos seis ordenandos deste domingo.

Trilhou um percurso próprio de apostolado em grupos de reflexão e de retiros, no apoio aos diversos párocos que a Ribeirinha foi conhecendo e a sua decisão de ingressar no seminário “talvez não tenha sido fácil de tomar”, refere.

“Perante tantas possibilidades no mundo, terminados os estudos do secundário, faz uma pausa para discernimento do seu projeto de vida e decide pelo ensino universitário e antes de o concluir, dá-se a reviravolta, pois os pensamentos e desígnios de Deus são assim mesmo”, conta o sacerdote. É nessa altura que decide ir para o seminário e provar a sua vocação, “respondendo ao que o Senhor queria dele”.

“Naturalmente, nem tudo foi fácil e eis-nos aqui para testemunhar e dar graças a Deus pelo seu sim. Que o Nuno seja um servo de Deus para a sua Igreja e bênção para os povos que lhe forem confiados ao longo do seu ministério sacerdotal”, conclui o padre Vítor Medeiros.

O diácono Aurélio Sousa é natural das Sete Cidades, uma das paróquias mais distantes do centro da ouvidoria.

“Conheci o Aurélio ainda criança, a segurar o livro das bênçãos e a caldeira de água benta da EBI dos Ginetes”, recorda o padre Marco Sérgio Tavares que contou sempre com a sua participação ativa nas aulas de EMRC e na paróquia das Sete Cidades. Destaca que foi dos poucos que completado o terceiro ciclo manteve a inscrição na disciplina de EMRC no secundário. Pelo testemunho da avó, sabe-se que brincava aos padres, recorda ainda o sacerdote. Depois tornou-se acólito e a minha última missão como pároco foi deixá-lo há sete anos, no Seminário.

“ A ordenação do próximo domingo será certamente um momento de júbilo para a sua família e para a sua comunidade que não vê um dos seus chegar ao altar há décadas. Da minha parte, alegro-me com mais esta escolha que nunca é nossa mas de Deus”, adianta o padre Marco Sérgio Tavares. O ainda diácono Aurélio Sousa vai servir como padre no Faial.

A ordenação dos seis diáconos vai ser presidida por D. João Lavrador e os seis serão apresentados ao bispo, segundo o rito da ordenação, pelo Reitor do Seminário Episcopal de Angra.

A celebração terá transmissão em direto na página do facebook do Sítio Igreja Açores.

 

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