“Pode vir a chuva, o vento, pode até falhar a luz mas com Jesus nunca nos desanimamos”- padre Hélder Miranda Alexandre

 

Foto: Igreja Açores
Momento do Ofertório: cada grupo levou um símbolo próprio. Esta é a bandeira do Seminário de Angra, exemplo de que a vida cristã deve ser vivida em comunidade.

O 38º Dia Mundial da Juventude na diocese de Angra foi assinalado em cada comunidade paroquial, mas em Angra a celebração reuniu dezena e meia de grupos de Jovens na Igreja de São Brás

O mau tempo que se abateu sobre o arquipélago, especialmente nas ilhas Terceira e São Miguel, impediu que o bispo diocesano participasse na celebração do Dia Mundial da Juventude que reuniu 15 grupos de jovens na Igreja de São Brás, na ilha Terceira, para celebrar a Esperança e dar mais um passo no cumprimento do pacto da Montanha assinado pelos jovens açorianos este verão, no qual se comprometeram na defesa e no cuidado da Casa Comum.

Estava prevista a plantação de um cedro junto à Igreja, que acabou por ser plantado num vaso, apresentado na celebração eucarística, por não estarem reunidas as condições atmosféricas necessárias.
“Esta árvore é o compromisso dos jovens de hoje com as gerações vindouras e um sinal de que ao assumirmos o cuidado com a mãe natureza estamos também a assumir o cuidado de uns com os outros. Este cedro há de permanecer para além das nossas vidas”, disse um dos jovens da pastoral juvenil da Terceira no inicio da concelebração que juntou além do pároco de São Brás, o Vigário Episcopal para o Clero e Formação bem como o responsável pela Pastoral Juvenil na ilha.

“A força da Jornada Mundial da Juventude deixou marca. As catequese de preparação, o caminho que desenvolvemos e o trabalho que anualmente fazemos vai dando frutos. E muitas vezes as coisas acontecem para além daquilo que esperávamos e, de facto, nesta jornada temos jovens que participaram pela primeira numa vigília aqui na ilha e isso é muito bom” referiu o padre Hélder Miranda Alexandre ao Igreja Açores.

“Temos um grupo novo na Terra Chã, outro na Conceição, outros dois  na Feteira e Porto Judeu, resultantes do projecto Say Yes, da catequese, e por isso julgo que temos motivos para estar contentes. Quase todas as freguesias da ilha Terceira já tiveram grupos de jovens; os tempos hoje são outros; alguns entram em crise sobretudo quando os seus membros vão para a faculdade mas agora estão a ressurgir outros, animados pela JMJ e isso deixa-me muito feliz”, esclarece.

“Um grupo de jovens exige coragem, valentia, resiliência e capacidade de avançar, mas estes jovens mostram todos os dias que é possivel”, conclui o sacerdote que hoje foi confrontado com uma série de “peripécias”, desde o mau tempo a cortes de eletricidade durante a Eucaristia que estava a ser transmitida pelo canal Vitec Azores, até ao cancelamento de voos, que impediu a presença de D. Armando esteves Domingues nos vários eventos, como estava programada.

 

Foto Igreja Açores
Momento do Ofertório

De manhã, os 15 grupos de jovens participaram numa celebração Eucarística, na qual Jesus foi apresentado  como “o mestre e o rei do nosso coração e da nossa vida”.

“É muito enstusiasmante ouvir-nos uns aos outros, ouvirmos cantar… Hoje é um dia especial que nos chama a atenção para a mudança que temos de ter na nossa vida: se olharmos para Jesus e para a cruz, que aqui nos acompanha, olhamos para um Deus que não tem nada a ver com os reis deste mundo, não tem trono, não tem ceptros, não tem exércitos mas tem Amor”, disse ainda o sacerdote.

Também o Vigário Episcopal para o Clero e Formação deixou uma palavra aos jovens, centrada no Itinerário Pastoral que esta tarde será formalmente apresentado numa celebração própria na Sé de Angra, pelas 18h00.

“Ouvir, abraçar e escutar e dar protagonismo à parte mais importante da Igreja que são os leigos e sobretudo, depois da JMJ, os jovens. Esta é a proposta que fazemos: um caminho que nos vai levar até 2034, ano em que a diocese completa 500 anos mas que queremos que seja um caminho de crescimento e de fortalecimento de fé e aprofundamento da nossa condição de cristãos” disse o padre José Júlio Rocha, sublinhando que o grande apelo da Igreja é que cada um possa encontrar a sua vocação, isto é, “dar para além da vontade de receber”.

A celebração de manhã terminou com uma oração, que acompanhará todo o Itinerário Pastoral até 2025 e que o Vigário Episcopal para o Clero e Formação pediu fosse lida em todas as celebrações daqui para a frente como sinal da unidade neste caminho em Igreja.

 

Foto Igreja Açores
Marcador com a oração do Itinerário Pastoral 2023-2025

 

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