Responsável diocesano quer movimentos empenhados na discussão sinodal sobre a família

Serviço Diocesano promoveu reunião ao nível da ouvidoria de Ponta Delgada com casais e movimentos da pastoral familiar

O diretor do Serviço de Apoio à Pastoral familiar na Diocese de Angra, Cónego José Medeiros Constância, desafiou esta sexta feira as famílias a responderem de uma forma “motivada” às perguntas levantadas pela Santa Sé e que fazem parte do “caderno de encargos” enviado às dioceses com vista á preparação da segunda parte do Sínodo sobre a família.

“Esta é a hora de darmos a nossa opinião sobre os assuntos que nos dizem diretamente respeito pois as questões da família não devem ser vistas como assunto de bispos ou de cardeais; dizem diretamente respeito à família e devem ser elas, em primeiro lugar, a analisar os problemas que as afetam e a comprometerem-se com as soluções para os ultrapassarem” disse o Cónego José Medeiros Constância, na linha do que tem sido defendido pelo Papa Francisco,  na reunião que promoveu com os responsáveis territoriais pela dinamização da pastoral familiar, ao nível paroquial e dos movimentos, na Ouvidoria de Ponta Delgada, de que é o responsável.

O encontro decorreu no centro paroquial da igreja Matriz de São Sebastião, em Ponta Delgada, com a presença dos casais de ligação e casais coordenadores ao nível das diferentes zonas pastorais e contou com a presença de vários movimentos- Legião de Maria, Romeiros de São Miguel, Cursos de Cristandade, Equipas de Nossa Senhora, Equipas de Nazaré e Encontros Matrimoniais bem como os responsáveis diocesanos do Serviço da Pastoral Familiar e Laicado e, ainda, de dois assistentes espirituais de movimentos, os padres Nemésio Medeiros, dos Encontros Matrimoniais e Ricardo Tavares, das Equipas de Nazaré.

Esta primeira reunião serviu, no essencial, para “ajustar” algumas questões relacionadas com a organização e dinamização territorial da pastoral da família que está em curso, quer na Ouvidoria de Ponta Delgada quer ao nível diocesano, com a criação da Pastoral Familiar Açores 16 e da Pastoral Familiar Açores 165, a sua articulação com os diferentes movimentos e a necessidade de um trabalho “mais próximo” e “comprometido” com as famílias açorianas de forma a encontrar “respostas adequadas aos problemas dos dias de hoje”.

De resto, as interpelações feitas nas 46 questões enviadas pela Santa Sé às dioceses são “muito atuais”; algumas delas “de difícil resposta”, sublinhou o responsável diocesano mas “não nos podemos excluir desta discussão pois as respostas aos problemas da família têm de ser dadas pelas próprias famílias”.

“Todos podemos responder a todas as perguntas. Naturalmente que uns de uma forma mais aprofundada que outros, devido à natureza da sua caminhada cristã mas ninguém se pode excluir e devemos estar todos muito motivados”, frisou ainda o Cónego José Medeiros Constância.

“A Assembleia Extraordinária foi evolucionária, permitindo que se avançasse em algumas questões;  esperamos agora que a próxima Assembleia, em Outubro, possa ser revolucionária”, concluiu o sacerdote.

O Serviço Diocesano da Pastoral Familiar é o responsável pela elaboração do documento base que a Diocese enviará para a Conferência Episcopal Portuguesa e está neste momento a sensibilizar os diferentes protagonistas para darem o seu contributo, o que deverá ser feito até 4 de fevereiro, para os casais de ligação e 15 de fevereiro para os movimentos em todas as ouvidorias da Diocese de Angra.

Durante a reunião foi, ainda, pedida uma colaboração extraordinária para a jornada de oração pela família, que se realiza na Ouvidoria de Ponta Delgada, no próximo dia 18, no âmbito da festa do Padroeiro da Matriz, São Sebastião. A Eucaristia, às 17h00, contará com o envolvimento das famílias responsáveis quer nas leituras, que serão feitas pelos casais, quer no ofertório.

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