Sacerdote convida cada açoriano a fazer um exercício de conversão

Diretor do Serviço Diocesano da Pastoral das Comunicações Sociais explicita o sentido deste tempo litúrgico

Na próxima quarta feira inicia-se a Quaresma período de 40 dias que precede a Páscoa.

“Este número é simbólico e refere-se à quantidade de tempo necessária para preparar a plenitude da vida” esclarece o Cónego Ricardo Henriques, professor de Sagrada Escritura no Seminário Episcopal de Angra, que adianta que viver este tempo da Quaresma “é prepararmo-nos para viver uma vida nova, deixando a velha”.

Por isso, adianta, “cada um interrogar-se-á sobre o modo como se relaciona com Deus, com os outros e com o mundo à volta”.

O Tempo da Quaresma tem seis domingos, que são chamados de I, II, III, IV, V e Domingo de Ramos da Paixão (VI). Esses domingos têm sempre precedência, mesmo sobre as festas do Senhor e sobre qualquer solenidade.

As solenidades de São José (19 de março) e da Anunciação do Senhor (25 de março), assim como outras possíveis solenidades dos calendários particulares, são antecipadas para o sábado ou são adiadas para a segunda-feira, caso coincidam com esses domingos.

Nos domingos da Quaresma não se canta ou recita o hino do Glória, nem se canta ou recita o Aleluia; faz-se, porém, a profissão de fé.

O quarto domingo da Quaresma é denominado Domingo Laetare, assim chamado pela primeira palavra do introito em latim: Laetare Jerusalem (Alegra-te, Jerusalém!).

O sexto domingo da Quaresma é denominado Domingo de Ramos porque antes da missa principal se realiza a bênção dos ramos, seguida de procissão.

“É verdade que não estamos num momento muito entusiasmante, sobretudo face às notícias desfavoráveis sobre a Igreja, mas apesar disso tudo esta ligação maior à Igreja seria muito importante para relançarmos o nosso próprio compromisso” refere o sacerdote em declarações ao Igreja Açores.

Ontem no último domingo antes do inicio da Quaresma, e fazendo eco da sua mensagem para este tempo litúrgico, o Papa Francisco lembrou que “em primeiro lugar, temos de olhar para os nossos defeitos”.

O Papa recordou as condenações de Cristo à hipocrisia e a quem vivia com um “duplo julgamento”, mostrando-se “como pessoa boa, perfeita, mas e por trás condena”.

A homilia sublinhou ainda as consequências negativas da “maledicência”, que “semeia discórdia, inimizade, semeia o mal”.

“Antes de falar dos outros, olha-te ao espelho. Olha para os teus defeitos e sente vergonha. A bisbilhotice não resolve nada, só piora as coisas”, advertiu Francisco.

O Papa convidou à oração e à mudança na relação com os outros.

“Seria bom que cada um de nós pensasse: como é que me comporto com as pessoas? Como é o meu coração diante das pessoas? Sou um hipócrita que dou um sorriso e depois, nas costas, critico e destruo com a minha língua?”, questionou.

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