Papa reza pelos «mártires» cristãos de hoje

Francisco recordou mártires dos tempos modernos

O Papa convidou os católicos a rezar pelos “mártires” da atualidade, num vídeo divulgado hoje, com a sua intenção de oração para o mês de março.

“Talvez seja difícil de acreditar, mas hoje há mais mártires do que nos primeiros séculos”, refere Francisco, na edição mensal do ‘Vídeo do Papa’, divulgado com a ajuda das redes sociais.

Segundo o Papa, estes fiéis são perseguidos porque “dizem a verdade e anunciam Jesus Cristo para esta sociedade”.

“Isso acontece especialmente lá onde a liberdade religiosa ainda não está garantida, mas também em países onde, em teoria e nas leis, se tutela a liberdade e os direitos humanos”, adverte.

Rezemos para que as comunidades cristãs, em particular as que são perseguidas, sintam a proximidade de Cristo e vejam os seus direitos reconhecidos”.

Em comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a Rede Mundial de Oração do Papa assinala que, em muitos lugares do mundo, “benzer-se, ler a Bíblia, ir ao domingo à missa, falar de Jesus, rezar o terço significa arriscar a própria vida, ser assassinado, apedrejado ou terminar em campos de trabalho forçado”.

A nota de imprensa cita o Relatório sobre Liberdade Religiosa no Mundo 2018, da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), segundo o qual “os cristãos são a comunidade religiosa mais perseguida no mundo” e o direito à liberdade religiosa está ameaçado em mais de 38 países, 21 dos quais estão classificados como de perseguição.

“Em muitos lugares do mundo, a liberdade religiosa não é um direito, é uma questão de sobrevivência. Não se trata de saber se cada um se sente mais ou menos cómodo com as bases ideológicas que sustentam a liberdade religiosa; trata-se de saber como evitar um banho de sangue”, assinala Thomas Heine-Geldern, presidente executivo da fundação pontifícia AIS.

Já o diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa realça que “a situação dos cristãos perseguidos no mundo é cada vez menos longínqua e abstrata”.

“São eles, mas poderíamos ser nós”, afirma o P. Frédéric Fornos.

 

(Com Ecclesia)

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