São Tomás comunicador

A Academia de São Tomás de Aquino celebrou o seu patrono e convidou  padres de várias gerações para testemunharem na primeira pessoa a sua experiência como comunicadores do Evangelho.

Três padres de diferentes gerações- João Maria Mendes, Hélder Fonseca Mendes e Marco Bettencourt Gomes- foram os oradores convidados pela Academia de São Tomás de Aquino, uma agremiação dos alunos do Seminário, a testemunhar a forma como comunicam o Evangelho.

 

 

Durante quatro dias, entre 24 e 28 de janeiro, alunos e professores debateram a figura de São Tomás de Aquino na perspetiva do comunicador, encerrando o programa com a celebração de uma missa festiva na Capela do Seminário Episcopal de Angra, a que se seguiu um convívio-testemunho por parte do Cónego Caetano Tomás.

 

Durante o tríduo, os três sacerdotes deram testemunho da sua comunicação.

 

O primeiro dia esteve a cargo do padre Hélder Fonseca Mendes,  docente do Seminário Diocesano. Na pregação ocorrida na Capela da Natividade, o Vigário Geral referenciou a sua vida ainda como seminarista e o nascimento da sua vocação sacerdotal, elegendo ainda o sismo de oitenta como algo marcante, caracterizador daquela etapa da sua vida, bem como da vida do Seminário, assim como de toda a sociedade de Angra.

O Vigário Geral interpelou os seminaristas a seguirem o exemplo de São Tomás de Aquino, quer no empenho quer no gosto pelos estudos que “é uma mais valias para o ministério sacerdotal”.

 

No segundo dia o Pe João Maria Mendes, igualmente docente daquela casa de formação sacerdotal, e aproveitando a data que celebra o Dia da Conversão de São Paulo, rezou pela reconversão.

 

O padre Marco Bettencourt Gomes foi o presidente da celebração no terceiro e último dia. O Porta voz diocesano, partindo das leituras do dia,  explicou a dicotomia entre o Rei David e Salomão, referindo ainda a importância do Espírito Santo na vida de cada um.

 

Já na súmula da sua pregação o presbítero fez o paralelismo entre os primeiros trinta e quatro anos da vida de Jesus, em que ele se preparou para a sua missão, e os sete anos que constituem a formação sacerdotal, como preparação e condição fundamental ao Sacramento da Ordem.

 

Por sua vez o Monsenhor Cónego Caetano Tomás, antigo professor de filosofia do Seminário Episcopal de Angra, onde lecionou durante quarenta e nove anos, presidiu e pregou a Eucaristia festiva.

 

 

Sob o olhar atento do corpo docente e discente desta casa de formação sacerdotal, e de cerca de duas dezenas de fiéis e de alguns outros sacerdotes que se associaram à comemoração, o Doutor Tomás discorreu sobre o seu ministério sacerdotal, bem como sobre a vida de São Tomás, centrando-se na importância da vida dos Santos na nossa fé.

 

Deu especial importância ao Concílio Vaticano II, como grande viragem na Igreja Universal, em especial ao modo de pregação. Expressou, ainda, emoção por poder ter voltado à Santa Casa Mimosa de Deus, nome dado por quantos estudam no Seminário Episcopal a esta instituição.

Falou, também,  sobre a vocação, como sendo “algo que nos cai em cima”.

 

Nesta eucaristia invocou-se a memória do Monsenhor José de Lima, antigo Diretor espiritual da casa, passado um ano sobre o seu falecimento.

 

Após a Eucaristia teve lugar um pequeno momento de confraternização entre os seminaristas, padres presentes e o Doutor Caetano Tomás, segundo informações recolhidas pelo Portal da Diocese na página eletrónica do Seminário de Angra.

 

São Tomás de Aquino, ponto de referência para a Igreja e para o Mundo, nasceu entre 1224 e 1225 nos arredores de Aquino, em Itália.

 

Em 1245 ruma até Paris para estudar teologia sob a guia de Alberto Magno, de onde nasceria a sua célebre amizade. É na escola de Alberto que Tomás vem a desempenhar um trabalho de importância fundamental para a história da filosofia e da teologia.

 

Muitos acolhem com um entusiasmo os escritos e ensinamentos de Tomás. Dado à sua clareza intelectual muitos estudos e matérias tornam-se percetíveis. É ainda o santo de Aquino que vem desde então mostrar ao mundo que entre fé cristã e razão subsiste uma harmonia natural. São Tomás falece em Fossanova a sete de março de 1274, durante a sua viagem para Lião, onde iria participar no Concílio Ecuménico sob a orientação do Papa Gregório X. É canonizado a dezoito de julho de 1323 por João XXII. É reconhecido como sendo o expoente máximo da escolástica, como santo e doutor da Igreja, cognominado por Doctor Communis ou Doctor Angelicus pela Igreja Católica.

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