Semana dos Seminários: “Coerência do testemunho” é a principal fonte de atração e compromisso dos jovens

Semana dos Seminários chega ao fim, com apelos à generosidade das comunidades católicas para garantir sustentabilidade das instituições

A coerência do testemunho entre o que se anuncia e a forma como se vive esse anúncio é a principal forma de motivar os jovens para abraçarem o caminho de uma formação no Seminário assegura o padre Nuno Maiato, responsável pela pastoral vocacional na vigararia nascente, que engloba as ilhas de São Miguel e de Santa Maria.

“Aquilo que todos nós já nos apercebemos , e que a Igreja tem dito, é que é preciso coerência de vida; é preciso que os sacerdotes possam testemunhar  uma coerência entre as suas palavras, as suas ações e o que anunciam no evangelho” refere o sacerdote que é o responsável pelo pré-seminário na ilha de São Miguel.

Além disso, adverte, “é preciso alertar os jovens para a felicidade desta doação”.

“Os jovens têm muitas solicitações e deparam-se com muitos caminhos, cabe-nos a nós igreja sermos capazes de mostrar a beleza deste caminho e isso faz-se através do testemunho e da coerência entre aquilo que pregamos no evangelho e o nosso próprio modelo de vida” sublinha o padre Nuno Maiato, referindo, ainda a importância do “acompanhamento” dos jovens.

Quanto ao problema da queda do número de vocações, o sacerdote, que é pároco em Santa Cruz da Lagoa, lembra que os Açores ainda revelam “uma resposta muito generosa dos jovens” o que pode ter a ver, entre outros, com a forte vivência de uma religiosidade popular.

“Apesar de tudo, a realidade açoriana ainda é diferente e animadora: todos os anos temos tido entradas para o Seminário; temos tido sacerdotes ordenados… e no pré seminário temos sempre 15 adolescentes e jovens. Há de facto aqui uma resposta generosa de alguns jovens”.

Este domingo chega ao fim a Semana dos Seminários, uma oportunidade para refletir sobre o compromisso da sociedade católica açoriana para com o Seminário, que este ano vai dar uma particular atenção à continuidade da formação dos neo sacerdotes, depois da formação inicial, e também as várias dimensões da formação: humana, espiritual, intelectual e pastoral.

Há, de resto, em marcha, um novo Plano Nacional de Formação, que as dioceses portuguesas estão a preparar.

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