Cáritas lança apelo público de apoio e defende «mobilização nacional» para reforçar ação solidária no terreno

A Cáritas Portuguesa lançou hoje um apelo público de apoio, no qual defendeu uma “mobilização nacional” para reforçar a resposta solidária à crise provocada pela pandemia de Covid-19.

“A transversalidade desta pandemia requer uma mobilização nacional no combate a todas as situações de vulnerabilidade”, refere a organização católica, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

Segundo os dados disponibilizados à imprensa, desde o início de maio até ao final do mês de junho, a Cáritas Portuguesa disponibilizou à rede nacional das 20 Cáritas Diocesanas um apoio de 130 mil euros, para a resposta imediata às solicitações por parte da população mais vulnerável.

Esta verba apoiou um total de 3371 pessoas, das quais 49% representam “novas situações de apoio”.

A ajuda visou, sobretudo, despesas relacionadas com o pagamento de rendas (60%), seguindo-se as despesas relacionadas com saúde e fornecimento de eletricidade.

“O principal motivo que leva a estes pedidos de ajuda está relacionado com desemprego ou com a insuficiência de recursos financeiros, em situações onde o rendimento não é suficiente para fazer face às despesas”, precisa a Cáritas Portuguesa

“Eu e minha família nunca passámos por uma situação como esta e ainda estamos a passar por causa da pandemia. Toda esta situação que muitas famílias estão a viver faz-nos perceber o quanto somos pequenos diante das voltas da vida” – Cláudio, Coimbra.

No que diz respeito ao perfil dos beneficiários deste apoio, a Cáritas regista que são na sua “grande maioria” cidadãos portugueses, entre os 30 e os 60 anos de idade, referindo ainda “um apoio alargado a muitos cidadãos de nacionalidade estrangeira” que se viram confrontados com a pandemia.

O programa de assistência socioeconómica depende dos próprios meios da Cáritas, que o quer reforçar em todo o território nacional, “num trabalho que é, essencialmente, feito na proximidade às comunidades”.

A organização católica avança como um apelo público de apoio dirigido a todos os portugueses.

“Como país estamos todos juntos neste combate. A Campanha de Solidariedade incorpora assim esse duplo sentido, solidariedade e dignidade. Porque todos somos Heróis Doar!”, conclui o comunicado.

(Com Ecclesia)

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