Fajãzinha honra Nossa Senhora dos Remédios

Uma das paróquias mais pequenas da diocese de Angra celebra este fim de semana a festa da padroeira

A comunidade da Fajãzinha, na ilha das Flores, nos Açores, celebra, no próximo domingo, a festa da sua padroeira, que será presidida pelo Cónego Ricardo Henriques que está, de resto a pregar o triduo preparatório que começou esta quarta feira.

No sábado, como é tradicional, celebra-se a festa de Santo António com missa e sermão pelas 19h00. No domingo, dia maior da festa, decorrerá a Eucaristia Solene pelas 18h, seguindo-se a procissão pelas ruas da freguesia, com a participação da Filarmónica União Operária Nossa Senhora dos Remédios, fundada em 1953 e oriunda da Fajãzinha. É a única, aliás, que se mantêm em actividade, animando todas as festividades da Ilha mais Ocidental da Europa.

Para além da parte religiosa do cartaz, decore também a parte cívica e cultural, com bailes, tasquinhas cuja receita reverte a favor da requalificação da Igreja Matriz da Fajãzinha.

A Fajãzinha é uma das cinco fajãs existentes nas Flores e a quarta paróquia mais antiga da ilha, datando de julho de 1676 a sua desanexação da Vila das Lajes, concelho a que pertence, por provisão do então Bispo de Angra D. Frei Lourenço de Castro, sendo ouvidor eclesiásticoo Pe Domingos Nunes Pereira e o primeiro pároco o Pe André Alves de Mendonça.

Desde sempre, esta Freguesia desempenhou um importante papel administrativo no conjunto da Ilha, já que ela foi, desde 1676, sede paroquial das Fajãs, englobando os lugares de Ponta, Fajã Grande, Caldeira e Mosteiro, sob o orago de Nossa Senhora dos Remédios. Só em 1850, o Mosteiro e a Caldeira ascenderam a Freguesia e, já em 1861, foi a vez de Fajã Grande e Ponta Delgada das Flores recebera tal privilégio.

De acordo com fontes históricas a escolha do lugar da Fajãzinha para sede da nova paróquia deve-se ao facto de já lá existir uma pequena igreja no chamado Adro Velho, nas imediações do atual templo.

Tratava-se, contudo, de uma igreja “muito humilde e incompleta”, em que a torre sineira só chegou 70 anos depois.

A igreja paroquial começou a ser construída a 7 de Abril de 1776, “embora em 1771 já se partisse pedra para a obra”. A sacristia norte apenas foi construída em 1787. A torre ficou por acabar durante muitos anos, já que apenas no verão de 1896 se deu início à obra para a sua conclusão.

(Com a colaboração de Jacob Vasconcelos)

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