Diocese de Angra começa o ano com uma reunião antecipada do Conselho Presbiteral

Encontro do clero realiza-se entre 10 e 12 de janeiro, no Seminário Episcopal de Angra

O bispo de Angra vai começar o ano ouvindo os responsáveis do clero diocesano sobre a proposta de reorganização diocesana que passa pela criação de três zonas pastorais, que serão coordenadas por um vigário episcopal em cada uma delas e, ainda, a nomeação de um vigário para a formação de leigos.

A proposta do prelado vai ser discutida na reunião extraordinária do Conselho Presbiteral que reúne os membros do Colégio de Consultores, os responsáveis pelas ouvidorias, serviços e comissões diocesanas, entre os dias 10 e 12 de janeiro, no Seminário Episcopal de Angra.

Esta proposta é, de resto, tema único deste encontro que pretende lançar uma nova organização diocesana para uma maior “Dinamização Evangelizadora de todo o Povo de Deus da Diocese de Angra”, refere a convocatória que foi feita a todos os membros do Conselho Presbiteral.

A proposta de reorganização da diocese assenta em três zonas pastorais: Zona Centro (Terceira, S. Jorge e Graciosa); Zona Oriental (S. Miguel e Santa Maria) e Zona Ocidental (Faial, Pico, Flores e Corvo), provendo cada uma destas Zonas Pastorais com um Vigário Episcopal. De acordo com a proposta do prelado, na Zona Centro o Vigário Geral acumula o cargo de Vigário Episcopal. Além disso, D. João Lavrador quer criar uma Vigararia para a formação dos leigos dotando-a de um Vigário Episcopal. A ele compete a coordenação de todos os sectores que se dedicam à formação dos leigos e à promoção de iniciativas que se julguem necessárias no âmbito da formação laical.

De acordo com a proposta, a formação permanente do clero, presbíteros e diáconos, e respectivo acompanhamento, será da responsabilidade do Seminário Episcopal de Angra.

D.João Lavrador quer ainda dar maior expressão ao Conselho Episcopal Diocesano constituído pelo bispo diocesano, que preside, pelo Vigário Geral e pelos quatro vigários episcopais, que na prática serão três dado que o vigário episcopal para a zona central é o próprio vigário geral.

Além desta nova organização, o prelado diocesano, que se encontra na diocese há um ano, embora só tenha sido nomeado bispo de Angra em março de 2016, pretende reestruturar as 16 ouvidorias existentes na diocese, ultrapassando os constrangimentos que decorrem da dimensão de muitas delas.

Estudar e promover as Unidades Pastorais: pastoral urbana nas cidades, pastoral das periferias das cidades e pastoral rural; integrar os consagrados na vida das comunidades cristãs e prestar a devida atenção e integração dos movimentos apostólicos na comunidade cristã, são alguns dos desafios que o prelado lança ao clero para discussão no sentido de garantir uma maior proximidade e eficácia na condução dos destinos diocesanos.

Entre as prioridades desta reflexão está também outra de caráter mais prático e que se prende com a necessidade de informatizar cada uma das 165 paróquias colocando-as em rede com a cúria diocesana.

Todas estas propostas resultam da “configuração geográfica da diocese, composta por nove Ilhas, cada uma delas de distinta dimensão” e da necessidade de ultrapassar constrangimentos de variada ordem. O prelado lembra ainda que estas opções territoriais não são exclusivas da igreja havendo historicamente soluções de âmbito administrativo, governativo, académico e outras que têm apresentado resultados positivos garantindo uma maior proximidade e uma melhor organização da vida das comunidades que é o principal objetivo desta “reforma”.

Esta proposta será também analisada pelo Conselho Pastoral Diocesano que será igualmente antecipado para o final deste mês de janeiro numa edição extraordinária. O Conselho Pastoral diocesano realiza-se de dois em dois anos mas na última reunião em junho de 2016 D. João Lavrador anunciou a sua antecipação para o inicio de 2017 justamente por causa destas questões administrativas da diocese.

Depois de auscultados o clero e os leigos, o bispo decidirá a escolha dos nomes que irão ocupar cada um destes novos cargos.

Recorde-se que no passado já houve uma proposta semelhante que acabou por não ser aplicada, e até há um ano havia um vigário episcopal em São Miguel, cargo ocupado pelo Pe Cipriano Pacheco, hoje professor no Seminário Episcopal de Angra. Durante o episcopado de D. António de Sousa Braga chegou a haver, também, um vigário episcopal para o clero.

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