A JMJ de Lisboa será um momento “muito bonito”” de “comunhão”

Pe. Francisco Rodrigues, da Companhia de Jesus, é o convidado do IA

Está nos Açores a orientar os dois turnos do retiro do Clero diocesano que, este ano, propõem aos sacerdotes a realização dos Exercícios Espirituais de acordo com a metodologia de Santo Inácio de Loyola. Em São Miguel, 22 padres participaram no primeiro turno que se realizou na semana que finda e em Angra, na próxima semana, serão 16 os sacerdotes envolvidos.
“Os exercícios são uma peregrinação interior e julgo que no final do primeiro turno os sacerdotes estavam satisfeitos com o que lhes foi proposto e com o que alcançaram” referiu ao Igreja Açores o Pe. Francisco Rodrigues da Companhia de Jesus.
Na entrevista ao programa de rádio Igreja Açores, que vai para o ar este domingo, depois do meio dia, no Rádio Clube de Angra e na Antena 1 Açores, o sacerdote explica como são os exercícios, que podem também ser realizados por religiosos e leigos; falou do desafio de cada um se prestar a aceitar e a desenvolver o que é próprio desta metodologia e que passa, entre outras coisas, pela aceitação do silêncio com vista a uma maior aproximação e encontro com Jesus, através da oração e da meditação.
“Percebi que havia hábitos, tradições e costumes que se vão sedimentando e, dentro disso, procurei fazer uma iniciação aos exercícios e como estamos a falar de pessoas adultas, formadas, todos corresponderam, aceitando a dinâmica” refere na entrevista. E, nem mesmo a exigência “absoluta” de silêncio se tornou um obstáculo.
“As pessoas sabiam ao que vinham e isso facilita sempre”, acrescenta o sacerdote, que nos Estados Unidos, durante os seus estudos contactou de perto com os luso descendentes da costa Oeste dos Estados Unidos da América, onde residem muitos açorianos de primeira, segunda e terceira geração.
Durante a entrevista, conduzida por Tatiana Ourique, o Pe. Francisco Rodrigues fala ainda do momento atual da igreja Portuguesa que ainda vive esse anuncio de que a JMJ em 2022 se realizará em Lisboa.
“Três anos nos separam da JMJ de Lisboa e esse tempo, que será de muito trabalho, será propicio ao trabalho de equipa não só a nível organizativo mas também ao nível da comunhão e, por isso, julgo que se trata de uma oportunidade única para a a afirmação da Igreja como corpo” refere.
“Se forem três anos vividos de acordo com um fim maior, vai ser uma excelente experiência de equipas de trabalho para a vinha do Senhor” destaca ainda.
Durante a entrevista o sacerdote fala ainda da Igreja hoje, do Papa Francisco e dos desafios que estão na ordem do dia, sublinhando sempre uma “ideia de evolução na continuidade” que o Espírito Santo sempre garante, quer na escolha do sucessor de Pedro quer na escolha das opções para a Igreja.

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