A marca Cáritas tem de ser valorizada, diz Anabela Borba

Conselho Geral da Cáritas diocesana esteve reunido este fim de semana em Angra

No passado fim de semana realizou-se, na ilha Terceira, o Conselho Geral da Cáritas diocesana dos Açores, no qual estiveram representas de várias Cáritas de ilhas, nomeadamente Terceira, São Miguel, Graciosa, São Jorge e Pico.

Durante dois dias, foi feito um balanço do trabalho desenvolvido pela Cáritas na Região, e perspetivou-se os próximos anos. De entre várias conclusões alcançadas, destaca-se o reconhecimento da necessidade de se firmar um compromisso das ilhas de forma a criar um plano estratégico comum a todas as Cáritas, com um olhar especial para a necessidade de animação da pastoral social, a partir de um plano comum e um novo compromisso com os programas e ações da Cáritas.

Em declarações ao Igreja Açores, a presidente da Cáritas diocesana, Anabela Borba, sublinhou a necessidade de “um maior trabalho em rede entre as várias Cáritas” sobretudo ao nível de uma ação comum em vários momentos determinantes para a vida da organização católica como sejam os momentos do peditório Cáritas, das campanhas nacionais, como a que se aproxima no Natal com a campanha “10 milhões de estrelas ou o desenvolvimento do programa +Próximo.

“É necessário um maior compromisso com a marca Cáritas” referiu ainda a dirigente.

Numa entrevista recente ao Igreja Açores, a dirigente diocesana lembrou que o grande desafio da igreja era garantir uma efectiva e plena cooperação entre os vários organismos da pastoral de forma a corresponder às necessidades das pessoas.

“Não vivemos a crise de 2011 e 2012 porque já se nota alguma animação nomeadamente em São Miguel com a criação de pequenas empresas familiares na área do turismo, mas os Açores são nove ilhas e esta animação não é comum a toda elas” refere Anabela Borba.

Anabela Borba sublinha que “a região tem tido dificuldade em criar emprego que pague salários dignos” e por outro lado, “soluções que vão para além da precaridade”  oferecida com programas “que são um mal menor mas que não constituem uma resposta cabal às necessidades da sociedade porque não tranquiliza”.

“Na região há muito caminho a percorrer no que toca à pobreza relacionada com o trabalho; a baixa qualificação dos recursos humanos é uma questão concreta e real, estimulada muitas vezes pela falta de interesse das próprias pessoas” e “não conseguimos ultrapassar este ciclo”, refere.

Sobre a prioridade da igreja em relação às questões sociais, a dirigente lembra que Evangelizar não é outra coisa senão transmitir o amor de Deus aos homens e isso significa servir os homens, sobretudo aqueles que estão com vulnerabilidade.

“Ser igreja é isto: ir para a rua e ajudar o próximo… a oração é importante, mas infelizmente não chega e precisamos de responder de outra forma com ações concretas”.

A Cáritas é o serviço da igreja para a promoção dos cuidados sociais e a animação da pastoral social, focada em três áreas : a animação da pastoral social, atuar em situações de emergência e a promoção.

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