Bispo de Angra convida diocesanos a acolherem e a comprometerem-se com o dom da Paz

D. João Lavrador considera a paz “um dos mais profundos anseios” da humanidade

A paz é um dos mais profundos anseios da humanidade e a sua construção é um desafio e exige um compromisso pessoal, comunitário e político afirma o bispo de Angra na mensagem que escreve para o 53º Dia Mundial da Paz, que se celebra no próximo dia 1 de janeiro intitulada “A Paz brota da Comunhão entre os Homens”.

“Somos convidados a viver o primeiro dia do ano acolhendo o dom da Paz e de nos comprometermos nos caminhos que nos conduzem à tão ansiada Paz” afirma D. João Lavrador.

O prelado diocesano lembra, no entanto, que este anseio é exigente e requer compromissos de vária ordem.

“Nunca é demais reconhecermos que a Paz começa em cada um de nós, no ambiente familiar, nas diversas instituições educativas, em cada comunidade e nas variadas estruturas culturais e sociais. Cuidar do modo como nos relacionamos, como acolhemos, como salvaguardamos a dignidade de cada pessoa e do bem comum, é algo preciosíssimo para a edificação da Paz” afirma D. João Lavrador na mensagem para o Dia Mundial da Paz. O bispo de Angra dirige-se especialmente à comunicação social a quem pede que seja uma construtora empenhada da Paz.

“Dada a relevância que a comunicação social tem nas nossas sociedades, nomeadamente as redes sociais, é uma profunda exigência colocada aos comunicadores serem verdadeiros construtores da Paz, na verdade, na justiça, na defesa dos mais débeis, provocando gestos de autêntica solidariedade, fraternidade e respeito pela dignidade de cada pessoa”, afirma ainda.

Por outro lado, sublinha que aos “governantes, nas diversas instâncias de poder, exige-se-lhes um redobrado cuidado de modo que tudo se faça para favorecer a construção da Paz”.

O prelado cita a Mensagem do Papa Francisco para o 53º Dia Mundial da Paz, que se assinala no primeiro dia do ano, na próxima quarta-feira, na qual o sumo pontífice lembra que a conversão ecológica é fundamental para a construção da Paz.

“Estamos de há longos anos a debatermo-nos com a crise ecológica e pela degradação violenta do meio ambiente que resulta numa crise climática que está a afectar as condições de vida de muitos povos”. Por isso, adianta é preciso “um compromisso pela preservação do ambiente de modo a criar condições de vida”.

“Atendendo ao caminho de reconciliação que inclui também escuta e contemplação do mundo que nos foi dado por Deus, para fazermos dele a nossa casa comum, somos convidados a descobrir as motivações profundas e um novo modo de habitar na casa comum, de convivermos uns e outros com as próprias diversidades, de celebrar e respeitar a vida recebida e partilhada, de nos preocuparmos com condições e modelos de sociedade que favoreçam o desabrochar e a permanência da vida no futuro, de desenvolver o bem comum de toda a família humana” lembra o prelado citando a mensagem do Papa.

O prelado recorda que esta tarefa sendo exigente não deve ceder à tentação do desanimo ou do medo. Daí, a importância de um compromisso “numa cultura do encontro porque só deste modo, numa promoção da cultura do encontro entre irmãos e irmãs se rompe com a cultura da ameaça.”

“A cultura atual projetou o medo sobre as condições de vida das pessoas; por isso, importa, como refere o Santo Padre, abrirmo-nos ao  caminho da reconciliação com paciência e confiança. Na certeza de que não se obtém a paz, se não a esperamos”, conclui.

O prelado termina a mensagem com um voto de um “Ano Novo abençoado por Deus e que todos os diocesanos, nomeadamente os mais sofredores e carenciados da verdadeira paz, sejam agraciados pelos gestos que conduzem à Paz”.

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