Bispo de Angra desafia ouvidoria dos Fenais da Vera Cruz a ser uma intérprete da nova evangelização

D. João Lavrador preside às comemorações do centenário

O bispo de Angra presidiu este domingo às celebrações do centenário da ouvidoria dos Fenais da Vera Cruz, uma das duas ouvidorias da ilha de São Miguel que completa cem anos,  e afirmou que só quem vive o verdadeiro mandamento do amor pode ser feliz.

“Viver no amor, na entrega total de cada um a Deus e aos outros, e constituirmos uma comunidade que se caracteriza pela partilha do amor mútuo é algo de fundamental e essencial nos critérios e opções de cada cristão” conclui lembrando que “sem amor não há cristianismo”.

A partir do Evangelho, o prelado sublinhou a importância do “amor fraterno” na identidade dos cristãos e desafiou os presentes a desenvolverem esse amor comunitariamente, levando-o ao mundo.

A ouvidoria, sendo um espaço de comunhão “mais próximo para um testemunho cristão” deve ser uma “comunidade evangelizadora”, disse o bispo de Angra na homília da Missa solene de ação de graças.

D.João Lavrador aproveitou a ocasião para desafiar toda a comunidade a “assumir o compromisso de caminhar na edificação de uma comunidade evangelizadora do mundo de hoje” que seja “próxima” e protagonista de um “testemunho cristão autêntico” que encaminhe na “edificação do homem novo na verdade, no serviço e na paz”.

Esta é uma ocasião para, mais do que assinalar uma efeméride, “despertar para esta relação nova que se exige para toda a comunidade cristã que escuta a Palavra de Deus, que celebra os mistérios da Fé e que testemunha o amor fraterno”, que é o que “nos identifica como cristãos”, disse D. João Lavrador.

“Comunidade evangelizada e evangelizadora. Comunidade voltada para o mundo onde vive e se torna presença da Vida Nova de Jesus Cristo Ressuscitado” destaca o prelado.

Ainda a partir do Evangelho, D. João Lavrador recomendou a necessidade da comunidade viver o mandamento do Amor “como continuidade da presença de Jesus Cristo”; de “contemplar na esperança um novo céu e uma nova terra que Jesus Cristo promete e que todos nós sonhamos, e ainda a interpelação a aprofundar na fé a consciência de que Jesus de Nazaré pelo poder da sua ressurreição vai renovar todas as coisas”.

“Na celebração em que comemoramos os cem anos desta Ouvidoria estes três desafios são da máxima importância para nos edificarmos como verdadeira comunidade cristã, que vive a experiência admirável do amor de Jesus Cristo que chama à missão evangelizadora na Sua Igreja e no mundo de hoje” frisou.

Após a Celebração da Missa está prevista uma largada de balões e convívio comunitário ao ar livre.

“Este centenário tem marcado as comunidades. Temos vindo a desenvolver um espírito que não havia com grande profundidade; ou seja; a nossa própria identidade. Um povo só se começa a identificar e a assumir os compromissos quando se encontra consigo próprio e com Deus na realidade da sua existência” referiu ao Sítio Igreja Açores o ouvidor eclesiástico, Pe Carlos Simas.

Desde o mês de outubro que a ouvidoria tem vindo a desenvolver atividades abertas a todas as faixas etárias passando pela catequese, juventude, formações, encontrando-se também com a arte do belo através do canto e da música, de que é exemplo o II Encontro de Coros.

da Ouvidoria,  contando com a participação de oito grupo corais dos quais três são juvenis e cinco são os corais com história paroquial que remonta ao século passado.

Está ainda agendada a publicação de um livro sobre os cem anos de história da ouvidoria, da autoria de José Bettencout da Câmara, natural da Lombinha da Maia, a residir em Lisboa. É um projecto apresentado pela ouvidoria e que conta desde inicio com a colaboração da Câmara Municipal da Ribeira Grande.

“Sinto pessoalmente as pessoas envolvidas e entusiasmadas com as comemorações do centenário. Alegres. Dedicadas” disse ainda o sacerdote.

Scroll to Top