Bispo de Angra diz que cultura atual projectou “ambiguidades, ideologias e rupturas” sobre a verdade da família

Prelado deixa mensagem para a festa da Sagrada Familia que se assinala esta sexta feira

O bispo de Angra afirma que a cultura atual projectou  sobre a família “ambiguidades, ideologias e rupturas que afectam profundamente a verdade sobre a família e a sua responsabilidade educativa”.

Numa Mensagem a propósito da Festa da Sagrada Familia enviada ao Sítio Igreja Açores, D. João lavrador sublinha a urgência de “despertar cada comunidade cristã e cada cristão, e também todas as pessoas de boa vontade, para o reconhecimento do valor da família, os seus fundamentos e o seu papel insubstituível na sociedade e na Igreja”.

Integrada na celebração do Natal, a Igreja celebra a Festa da Sagrada Familia, numa espécie de ´convite` a contemplar Jesus de Nazaré no mistério do Seu nascimento que se integra numa família, mas também como forma de projectar uma luz sempre nova sobre a realidade da família de hoje.

Para o prelado diocesano, a celebração deste ano, que se assinala a 30 de dezembro, pelo facto do natal ter calhado num domingo,  reveste-se de um significado “ainda maior” dado que, após os Sinodos sobre a família de 2014 e 2015, o Papa Francisco ofereceu às comunidades cristãs e às suas famílias uma Exortação Apostólica que leva como titulo «A alegria do amor» e que “se destina a valorizar a família, a provocar uma autêntica pastoral familiar e a convidar a uma maior integração comunitária dos casais feridos”.

Lembrando o texto do Santo Padre, que afirma que «a alegria do amor que se vive nas famílias é também o júbilo da Igreja» e ainda «o anúncio cristão sobre a família é verdadeiramente uma boa notícia», o bispo de Angra sublinha a importância do bem da família para o futuro da igreja e do mundo.

“Na verdade, Deus tem um projecto sobre a família e esta é a primordial realidade humana, fundada na entrega mútua de um homem e de uma mulher, na qual cada pessoa nasce, cresce e amadurece para uma vida equilibrada e feliz”, diz D. João lavrador.

A nível diocesano, D. João Lavardor deixa também um caderno de encargos: “reconhece-se o trabalho louvável que a Pastoral Familiar no âmbito diocesano tem levado a cabo ao longo dos anos, mas muito mais se exige”.

“Agora, integrando o riquíssimo itinerário da referida Exortação Apostólica, numa atenção profética à situação da família na cultura e na sociedade actuais e com os olhos postos na Sagrada Familia de Nazaré, teremos de continuar a caminhar na implementação em cada paróquia do serviço pastoral à família” precisa D. João Lavrador.

Reafirmando a doutrina da Igreja sobre o matrimónio e a família, o prelado frisa a identidade e a a missão das famílias.

“Reconhecendo o zelo de Nossa Senhora e de São José para com o Menino Deus sintamos a exigência educativa das famílias e a partilha da alegria por cada vida que nasce no seio da família; na presença e acompanhamento de Maria e de São José nos momentos importantes da vida de Jesus manifesta-se a exigência dos pais em acompanharem os seus filhos na educação que para ser harmoniosa e completa deve fazê-los crescer em estatura, em idade, em sabedoria e em graça diante de Deus e dos homens” destaca o bispo de Angra.

A Sagrada família é celebrada no domingo seguinte ao Natal, na Oitava desta festa. Caso o Natal calhe a um domingo, como aconteceu este ano, a Sagrada Família festeja-se a 30 de dezembro.

A festa da Sagrada Família remonta ao século XVII e consiste na celebração da família santa constituída por Jesus Cristo, por sua mãe, a Virgem Maria e pelo seu pai adotivo e terreno, São José, como um exemplo de vida familiar para todas as famílias cristãs, sublinhando a importância do amor incondicional, da simplicidade e da união.

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