Cáritas Internacional exige estratégia centrada na «dignidade humana»

Assembleia geral em Roma reuniu responsáveis da organização católica em mais de 160 países, incluindo Portugal

Os membros da Cáritas Internacionalis (CI) reforçaram, numa assembleia geral em Roma, a necessidade “de colocar a família humana e a dignidade humana no centro do desenvolvimento”.

No seu site oficial, a Cáritas Portuguesa destaca a intervenção do cardeal Luís António Tagle, novo responsável máximo da CI, que sobre esta questão salientou que “nenhum objetivo deve ser considerado alcançado a não ser que inclua todas as pessoas e grupos sociais”.

Entre 12 e 17 de maio, na capital italiana, centenas de pessoas “de mais de 160 organizações nacionais da Cáritas” debateram a estratégia do organismo católico para os próximos cinco anos.

Para Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa, esta assembleia geral reforçou ainda a importância de “cada Cáritas sair de si mesma, trabalhar necessidades e realidades concretas com competência (profissionalismo) e formação de coração”.

“Isoladas e desarticuladas as Cáritas não conseguirão ser o serviço da Igreja para os pobres”, aponta aquele responsável.

Nesse sentido, as conclusões da reunião apontaram “claramente para o aumento das competências de cooperação e comunhão, a todos os níveis, desde o internacional ao paroquial”.

Foi também “unânime a convicção de que as Cáritas não podem estar isoladas ou amarradas a uma forma de se relacionar que esteja centrada em volta de si própria, como acontece agora em muitas situações”, frisou Eugénio Fonseca.

Um exemplo dessa necessária colaboração foi a campanha “uma só família, alimento para todos”, que a CI promoveu em todo o mundo, com o apoio do Papa Francisco, e que em Portugal foi apadrinhada pela Conferência Episcopal Portuguesa.

Para Eugenio Fonseca, tratou-se de um projeto fundamental “não só no alerta para a tragédia que é a fome”, da necessidade “de se praticar uma alimentação equilibrada” ou de combater o “desperdício”.

Foi igualmente positivo pelas muitas “Cáritas diocesanas que se envolveram” nela “promovendo diferentes atividades”, pode ler-se.

CR/Ecclesia

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