D. António de Sousa Braga deu um «rosto humano» à diocese e contribuiu para a ideia de região

Opinião generalizada dos diocesanos é que o 38º Bispo de Angra foi o “mais próximo do povo”

A frase que melhor pode protagonizar praticamente 20 anos de episcopado de D. António de Sousa Braga, o 38º Bispo de Angra e o segundo açoriano a ocupar  o mais alto cargo da igreja católica insular foi proferida há cerca de seis meses pelo Presidente da Câmara de Angra do Heroísmo: “Criou a ideia de região” e deu “um rosto humano à igreja nos Açores”.

Álamo de Menezes justificava deste modo a atribuição do mais alto galardão da cidade sede da Diocese- as chaves de honra e o diploma de cidadão honorário- ao prelado diocesano, natural de Santo Espírito na ilha de Santa Maria.

D. António de Sousa Braga chegou à região em junho de 1996, altura em que começou o seu episcopado, que coincidiu no tempo com uma mudança de ciclo politico na região.

“D. António soube dar à diocese um rosto humano e fê-lo de forma eficaz e amigável. Todos os açorianos sentem uma proximidade muito grande com o seu Bispo, independentemente da posição que têm em relação à Igreja”, dizia então o autarca durante a sessão de homenagem no Salão Nobre dos Paços do Concelho, em Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira.

D.António de Sousa Braga foi o primeiro bispo eleito, natural destas ilhas, a ter recebido a Ordenação Episcopal na própria Sé de Angra, a 30 de Junho de 1996, sendo consagrante o Bispo cessante D. Aurélio Granada Escudeiro, tendo como co-ordenantes o Bispo Emérito de Macau D. Arquimínio Rodrigues da Costa, igualmente açoriano, e o então Bispo de Coimbra D. João Alves, Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.

Ao longo destes 19 anos de episcopado, Dom António de Sousa Braga visitou várias vezes todas as Paróquias da Diocese de Angra sendo hoje um conhecedor profundo das populações açorianas.

Natural da freguesia de Santo Espírito, ilha de Santa Maria, nasceu a a 15 de Março de 1941.

Após a escolaridade na sua ilha natal deu entrada, em 1954, no Colégio Missionário do Sagrado Coração de Jesus do Funchal, onde fez a primeira etapa da sua formação religiosa e sacerdotal.

Fez a primeira Profissão Religiosa a 29 de Setembro de 1962 na Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus, também conhecidos por Padres Dehonianos.

Partiu para Itália onde fez o biénio filosófico em Monza.

Licenciado em Teologia (1966-1970) e em Ciências Sociais (1970-1973) na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, foi ordenado sacerdote, em Roma, a 17 de Maio de 1970, pelo Papa Paulo VI, na Praça de São Pedro.

Regressado a Portugal exerceu vários ofícios na sua Congregação de entre os quais se destacam: formador no Seminário de Alfragide (1973-1976); Superior Provincial da Província Portuguesa dos Dehonianos (1976-1982); Superior do Colégio Missionário do Sagrado Coração de Jesus do Funchal (1982-1983); Superior e Reitor do Seminário de Alfragide (1983-1989); Diretor Espiritual do mesmo Seminário (1989-1991).

De 1983 a 1991 também exerceu o ofício eclesiástico de Pároco da Paróquia de Alfragide, no Patriarcado de Lisboa. Em 1991 parte novamente para Roma dado ter sido eleito no Capítulo Geral dos Padres Dehonianos, Assistente Geral da sua Congregação, cargo que exerceu até ser nomeado Bispo de Angra, a 9 de abril de 1996, pelo Papa João Paulo II. A sua ordenação episcopal decorreu a 30 de junho de 1996, tendo entrado de imediato na diocese.

É a partir de hoje Bispo Emérito de Angra.

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