Especialista deteta falta de sete pedras preciosas no Resplendor do Senhor Santo Cristo

Falha foi detetada no estudo que antecedeu a saída da peça do Convento da Esperança.

O Resplendor do Senhor Santo Cristo dos Milagres, que partiu no passado dia 10 de junho para Lisboa, a fim de integrar a exposição “Splendor et Gloria”, promovida pelo Museu Nacional de Arte Antiga, possui 7019 pedras preciosas.

 

O levantamento gemológico foi feito por um dos maiores especialistas nacionais na área e consultor do Museu Nacional de Arte Antiga, Galopim de Carvalho, que detetou a falha de sete pedras e a existência de um rubi sintético (pedra falsa), implantado no século XX.

 

O estudo da joia, desenvolvido antes da partida, a pedido da Diocese de Angra e protocolado com o Museu Nacional de Arte Antiga, concluiu também da “necessidade de limpeza e conservação, nomeadamente no que respeita à consolidação das pedras, uma vez que há pedras que estão em risco de se soltarem” adianta o documento a que o Portal da Diocese teve acesso.

 

À chegada a Lisboa, “foi feita novamente uma recontagem das pedras e a verificação do seu estado” quando a mesma foi entregue à guarda do Museu Nacional de Arte Antiga, onde vai ficar até finais de Outubro, estando “garantidas todas as condições de segurança” quer no seu depósito quer durante a exposição.

 

O Resplendor que só é colocado na imagem três vezes no ano- Festa do Cristo Rei, festa do Senhor Santo Cristo e Novena dos Espinhos- é o ex libris do tesouro composto ainda, pelo ceptro, corda e coroa de espinhos.

 

A participação desta joia na exposição, onde estarão também as Custódias da Sé Patriarcal de Lisboa e do paço da Bemposta, bem como o Resplendor do Senhor dos Passos da Igreja da Graça e a ainda a Venere das cinco ordens de D. João V, “constitui um reconhecimento da sua importância artística, do culto do Senhor Santo Cristo e da religiosidade açoriana como factor identitário”, conclui o documento.

Scroll to Top