Ex reitor do Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres morreu esta madrugada

Monsenhor Agostinho Tavares tinha 85 anos de idade Faleceu esta madrugada em Ponta Delgada o ex reitor do Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres, Monsenhor Agostinho Tavares.

O corpo vai estar na Igreja do Santuário, onde esta quarta feira será celebrada uma primeira eucaristia, pelas 18h00. Às 21h00 serão celebradas Vésperas Solenes do Oficio de Defuntos. A igreja estará aberta até à meia noite e reabrirá amanhã de manhã, pelas 7h00, celebrando-se a Missa habitual, ás 8h00, ainda com a presença do corpo que será posteriormente transladado para a igreja de São José. A missa exequial tem lugar às 10h00 e será presidida pelo Vigário Episcopal para São Miguel, na Igreja de São José, em Ponta Delgada. Depois o funeral seguirá para a Maia, terra natal de Monsenhor Agostinho Tavares e, antes do enterro, será celebrada ainda um missa de corpo presente na Igreja Paroquial da Maia, às 12h00.

O sacerdote que foi desde sempre o assistente espiritual do Movimento do Renovamento Carismático, que introduziu na diocese de Angra e animador do Movimento dos Cursilhos de Cristandade em Ponta Delgada, tinha 85 anos de idade e 62 de ministério sacerdotal.

Natural da Maia, concelho da Ribeira Grande, na ilha de São Miguel, formou-se no Seminário Episcopal de Angra e foi Prefeito de estudos e Reitor do Seminário Menor de Ponta Delgada, onde lecionou ainda as disciplinas de Português, Educação Moral e Religiosa Católica e Educação Física.

É, de resto, como “grande desportista” que é recordado por Monsenhor Augusto Cabral, atual reitor do Santuário do Santo Cristo, depois de Monsenhor Agostinho Tavares que desempenho essa tarefa durante mais de 19 anos, desde março de 1993 até agosto de 2012, tendo saído por motivos de doença.

Devoto fervoroso do Senhor Santo Cristo, dizia a este propósito que as festas do Senhor Santo Cristo “só” eram importantes na medida “da sua capacidade para transformar o homem”.

“Era um ótimo colega, sempre disponível para os outros” disse ao Sítio Igreja Açores, Monsenhor Augusto Cabral, lembrando que no Seminário Episcopal de Angra partilhavam o gosto pelo desporto- futebol e voleibol-, modalidades que praticavam na seleção do Seminário.

“Ele era o mais velho da seleção e eu o mais novo mas sempre fomos muito amigos e depois, já sacerdotes, partilhávamos a paixão pelo golfe. Ele era muito bom”, recorda o atual reitor do Santuário.

Do ponto de vista pastoral era “um homem de mente aberta, sempre atento aos sinais do mundo, disponível para escutar e para dialogar”, diz Monsenhor Augusto Cabral sublinhando o facto de ter perdido “um grande amigo e um bom colega”.

“Foi um grande animador da pastoral familiar na ilha e um homem que imprimiu uma dinâmica muito própria no Santuário, devido à sua alegria e espírito aberto”, disse ao Sítio Igreja Açores o ouvidor de Ponta Delgada, Cónego José Medeiros Constância.

“Recordo-o como professor e como colega. Aprendi muito com ele nos primeiros anos em que fui padre, sobretudo pela dinâmica que ele imprimia na direção espiritual dos Cursos de Cristandade”, diz o sacerdote que esteve com Monsenhor Agostinho Tavares há cerca de um mês.

Carlos Faria e Maia, atual Provedor da Irmandade do Senhor Santo Cristo, que durante anos privou com Monsenhor Agostinho Tavares disse ao Sitio Igreja Açores que se trata “de uma grande perda e a igreja dos Açores ficou mais pobre”.

“Tivemos um contato diário, ao longo de muitos anos, e sempre foi um homem muito disponível, de grande fé e que sabia imprimir um cunho muito especial na vida do Santuário”, disse Carlos Faria e Maia.

 

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