Festas do Espírito Santo são «herança cultural a valorizar”, diz José Manuel Franco

Coimbra acolhe maior congresso internacional dedicado a este tema

O historiador José Eduardo Franco destacou em Coimbra a importância das festas do Espirito Santo, que mobilizam todos os anos milhões de portugueses, no território nacional e na diáspora.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, no primeiro dia do Congresso Internacional do Espirito Santo, esta quinta-feira, o investigador realçou “uma herança cultural construída ao longo dos séculos” e que tem na sua génese “a utopia de que é possível um mundo melhor”.

Um desafio traduzido “em festividades simples, que o povo gosta de reviver em cada ano” e que “devem ser valorizadas no mundo de hoje”, frisou José Eduardo Franco.

Organizado a partir da parceria de várias universidades, autarquias e confrarias, o Congresso Internacional do Espirito Santo tem como título “Génese, Evolução e Atualidade da Fraternidade Universal”.

José Eduardo Franco, presidente da comissão organizadora do congresso, destaca a participação no evento de figuras das mais variadas áreas do saber, desde “teólogos a ambientalistas, físicos e historiadores, também biólogos e sociólogos”.

Prova de que “um tema que podia ser entendido como meramente religioso não o é, teve o seu efeito e impacto e pode ser pensado em várias perspetivas“.

O ideal utópico encerrado nas tradições do Espírito Santo, aponta o investigador, é fundamental para abordar os desafios da sociedade atual.

E a componente religiosa surge aqui como uma mais-valia, porque “fecunda a realidade, a História e as várias áreas do saber humano”, complementou.

O bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, um dos oradores convidados para a iniciativa, salientou a relevância do congresso “para a sociedade, para a cultura, para a comunidade académica e também para a Igreja”.

“Há temas e assuntos que correm o risco de serem tratados sectorialmente, a Igreja tratar as questões da teologia, da escritura ou até da santidade, na sua perspetiva mais espiritual, às vezes até espiritualista, e depois a academia, a universidade, a investigação, tratar de assuntos de caráter histórico, e essa nunca é a melhor forma”, apontou.

Na génese deste congresso esteve também a comemoração dos 800 anos da Fundação dos Franciscanos; dos 500 anos da beatificação da Rainha Santa Isabel, da ‘Utopia’ de Thomas More e do primeiro compromisso impresso das Misericórdias; e dos 300 anos da Fundação do Patriarcado de Lisboa.

José Carlos Seabra Pereira, presidente do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, da Igreja Católica, que abordou a figura da Rainha Santa (1271 – 1336), realçou uma mulher que permanece como exemplo “da ação santificante do Espírito Santo”.

“A força da Rainha Santa Isabel está presente não só na nossa espiritualidade cristã mas também na tradição da identidade nacional”, sustentou.

Depois de Coimbra, o evento irá para Lisboa, entre 14 e 15 de setembro, terminando depois em Alenquer, de 16 a 18 do mesmo mês, no concelho onde segundo a tradição nasceu a primeira confraria do Espírito Santo.

Coimbra acolhe maior congresso internacional dedicado a este tema

O historiador José Eduardo Franco destacou em Coimbra a importância das festas do Espirito Santo, que mobilizam todos os anos milhões de portugueses, no território nacional e na diáspora.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, no primeiro dia do Congresso Internacional do Espirito Santo, esta quinta-feira, o investigador realçou “uma herança cultural construída ao longo dos séculos” e que tem na sua génese “a utopia de que é possível um mundo melhor”.

Um desafio traduzido “em festividades simples, que o povo gosta de reviver em cada ano” e que “devem ser valorizadas no mundo de hoje”, frisou José Eduardo Franco.

Organizado a partir da parceria de várias universidades, autarquias e confrarias, o Congresso Internacional do Espirito Santo tem como título “Génese, Evolução e Atualidade da Fraternidade Universal”.

José Eduardo Franco, presidente da comissão organizadora do congresso, destaca a participação no evento de figuras das mais variadas áreas do saber, desde “teólogos a ambientalistas, físicos e historiadores, também biólogos e sociólogos”.

Prova de que “um tema que podia ser entendido como meramente religioso não o é, teve o seu efeito e impacto e pode ser pensado em várias perspetivas“.

O ideal utópico encerrado nas tradições do Espírito Santo, aponta o investigador, é fundamental para abordar os desafios da sociedade atual.

E a componente religiosa surge aqui como uma mais-valia, porque “fecunda a realidade, a História e as várias áreas do saber humano”, complementou.

O bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, um dos oradores convidados para a iniciativa, salientou a relevância do congresso “para a sociedade, para a cultura, para a comunidade académica e também para a Igreja”.

“Há temas e assuntos que correm o risco de serem tratados sectorialmente, a Igreja tratar as questões da teologia, da escritura ou até da santidade, na sua perspetiva mais espiritual, às vezes até espiritualista, e depois a academia, a universidade, a investigação, tratar de assuntos de caráter histórico, e essa nunca é a melhor forma”, apontou.

Na génese deste congresso esteve também a comemoração dos 800 anos da Fundação dos Franciscanos; dos 500 anos da beatificação da Rainha Santa Isabel, da ‘Utopia’ de Thomas More e do primeiro compromisso impresso das Misericórdias; e dos 300 anos da Fundação do Patriarcado de Lisboa.

José Carlos Seabra Pereira, presidente do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, da Igreja Católica, que abordou a figura da Rainha Santa (1271 – 1336), realçou uma mulher que permanece como exemplo “da ação santificante do Espírito Santo”.

“A força da Rainha Santa Isabel está presente não só na nossa espiritualidade cristã mas também na tradição da identidade nacional”, sustentou.

Depois de Coimbra, o evento irá para Lisboa, entre 14 e 15 de setembro, terminando depois em Alenquer, de 16 a 18 do mesmo mês, no concelho onde segundo a tradição nasceu a primeira confraria do Espírito Santo.

(Com Ecclesia)

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