Mensagem do bispo de Angra recorda vítimas da pobreza e exclusão, da guerra e violência

É tempo dos cristãos se assumirem como «arautos» da «plena realização» para todos, diz D. João Lavrador

A mensagem de Natal do bispo de Angra desafia as comunidades cristãs açorianas a assumirem como “compromisso” a busca de “um futuro de esperança e de plena realização” para todas as pessoas.

No seu texto, publicado pelo Sítio ‘Igreja Açores’, D. João Lavrador realça a importância de olhar nesta quadra para todos quantos hoje lutam para recuperar ou preservar “a sua dignidade”.

O bispo de Angra recorda sobretudo “os pobres, os excluídos, os marginalizados, os injustiçados, as vitimas inocentes da guerra e da violência”.

“Celebrar o Natal é também um convite a estabelecer relações novas a nível social, cultural, politico e religioso de modo a reconhecer em cada homem um irmão com igual dignidade e com o direito a usufruir das condições para uma vida digna”, frisa D. João Lavrador.

Para o prelado “a luz e a esperança que brotam” do nascimento de Cristo pedem o envolvimento “de todos” na procura de “melhores condições” para aqueles que mais precisam.

“É urgente que cada comunidade cristã e cada cristão se tornem arautos desta mesma noticia que se refere à luz verdadeira que resplandece para o mundo, porque Jesus Cristo nasce na nossa humanidade”, acrescenta.

D.João Lavrador deixa depois votos de “boas festas” a todas as comunidades diocesanas e lembra de modo especial “os numerosos desempregados, os doentes e idosos, tantas vezes na solidão”.

Também “as famílias, tantas delas feridas, os pobres, os excluídos seja cultural, social ou religiosamente, as crianças sem pão e sem afeto, os que estão na diáspora, os jovens, tantos sem perspetivas de futuro” e “os que vivem afastados de Deus”.

Este vai ser o segundo Natal de D. João Lavrador na Diocese de Angra, depois de ter chegado à diocese de Angra, primeiro como bispo coadjutor, a 29 de novembro de 2015.

Este ano o bispo vai celebrar o Natal do Senhor na Igreja Matriz do Santíssimo Salvador da Horta, na ilha do Faial.

A Missa, que terá transmissão em direto na RTP Açores e na RTP Internacional começa à meia noite do dia 24 e será animada pelo  Grupo Coral Litúrgico, acompanhado pela Orquestra de Sopros da Matriz do Santíssimo Salvador.

No domingo, dia de Natal, a Eucaristia terá lugar às 18h00 e conta com a mesma animação litúrgica. Depois da Missa Solene de Natal, D. João Lavrador inaugurará a Sala de Tesouro da Matriz do Santíssimo Salvador da Horta.

Trata-se de uma exposição de arte sacra (permanente) na Capela de Nossa Senhora de Lourdes e Sacristia-Mór, constituída por cerca de uma centena de peças de arte sacra de grande valor patrimonial. Entre as muitas peças expostas, podemos destacar a estante de Cantochão de 1742, as custódias da Matriz e da Ordem Terceira do Carmo, estatuária do século XVII e XVIII e muitas outras alfaias litúrgicas de grande valor.

A partir do próximo mês de Janeiro, a Sala do Tesouro poderá ser visitada nos dias úteis, no horário do Cartório Inter-paroquial e terá o preço simbólico de 2 euros para visitantes não residentes e turistas. A receita apurada destina-se a ajudar no pagamento das obras de conservação e restauro do imponente e majestoso templo da Matriz do Santíssimo Salvador, antiga Igreja-Colégio dos Jesuítas. Na visita turística está incluída a visita à Sacristia-Mor.

No dia 30 de dezembro haverá terço meditado, às 17h30, seguido de Missa Solene da Sagrada Família de Nazaré e Bênção das Famílias. No dia 31 de dezembro o Te Deum será celebrado às 18h00, hora em que será celebrada a missa de ano novo no dia seguinte. O programa de Natal termina com a Festa do Santíssimo Salvador, titular da igreja Matriz da Horta, no dia 8 de janeiro com uma Cantata ao Santíssimo Salvador, pelas 17h00, seguida de Missa Solene da Epifania do Senhor, com a participação do Grupo Coral Litúrgico, acompanhado pela orquestra de Sopros da Matriz do Santíssimo Salvador.

Em toda a diocese será celebrado solenemente o Natal. Recorde-se que no ano passado D.João Lavrador, então bispo coadjutor de Angra, celebrou em Ponta Delgada, na Igreja Matriz de São Sebastião.

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