Missa Crismal reúne sacerdotes jubilados na Sé de Angra

Celebração precede cerimónias do Tríduo Pascal

Esta quarta-feira a diocese de Angra estará em festa para celebrar os jubileus sacerdotais de sete padres diocesanos que assinalam 60, 50, e 25 anos de ordenação sacerdotal. A festa, que será precedida de um jantar, terá lugar na Sé de Angra no âmbito da celebração da Missa Crismal que antecede o início das celebrações Pascais.

Entre os homenageados estão os padres Artur Pacheco Custódio, da Ribeira Seca, na ouvidoria da Ribeira Grande ordenado a 17 de dezembro de 1949 que completa 70 anos de sacerdócio; os padres Armindo da Luz Borges e José Alves Trigueiro, de São Pedro, na ouvidoria do Nordeste e Fazenda, das Flores, respetivamente, ordenados a 7 de junho de 1959, que completam 60 anos ao serviço e ainda os padres Cipriano Pacheco, João de Brito Meneses e José Medeiros Constância. Os três completam 50 de ministério. Foram ordenados em 1969, embora os padres Cipriano Pacheco, de São Pedro de Nordeste e João Brito Meneses, das Doze Ribeiras, na ilha Terceira tenham sido ordenados a 25 de maio de 1969 enquanto que o Pe. José Medeiros Constância, natural da Relva, na ilha de São Miguel tenha sido ordenado apenas a 13 de setembro desse mesmo ano.

Assinala ainda as bodas de prata sacerdotais o Pe. António Saldanha Albuquerque, natural da Horta, que foi ordenado a 26 de junho de 1994. Monsenhor António Saldanha, tal como o Pe. Armindo Borges embora sejam diocesanos estão a residir fora do arquipélago. O primeiro reside em Roma e trabalha na Congregação para as Causas dos Santos e o segundo reside em Lisboa.

No dia desta homenagem será celebrada a Missa Crismal na Sé, durante a qual os sacerdotes, sobretudo os da ilha Terceira serão convidados a renovar as suas promessas sacerdotais, como aliás já fizeram os sacerdotes das vigararias do Oriente e do Ocidente, na segunda e na terça-feiras, respetivamente.

A missa crismal, presidida pelo bispo e concelebrada pelos presbíteros da diocese, é a celebração na qual se consagra o santo crisma (daqui vem o nome de “missa crismal”) e se abençoa também os demais óleos (que serão usados nos enfermos e batismos).

A palavra “crisma” vem do latim “chrisma”, que significa “unção”. O crisma é a matéria sacramental com a qual são ungidos os novos batizados, os que recebem a Confirmação e os sacerdotes e bispos em sua ordenação, entre outras funções.

A consagração do crisma e a bênção dos outros óleos é considerada como uma das principais manifestações da plenitude sacerdotal do bispo.

Em geral, esta missa é celebrada na catedral de cada diocese, na Quinta-Feira Santa. Mas, por razões de conveniência pastoral, pode ser adiantada para outro dia da Semana Santa.

Tê-la fixado na Quinta-Feira Santa não se deve ao fato de esse ser o dia da instituição da Eucaristia, mas sobretudo a uma razão prática: poder dispor dos santos óleos, especialmente do óleo dos catecúmenos e do santo crisma, para a celebração dos sacramentos da iniciação cristã durante a vigília pascal.

O rito da Missa Crismal inclui a renovação das promessas sacerdotais. Após a homilia, o bispo convida seus sacerdotes a renovar sua consagração e dedicação a Cristo e à Igreja. Juntos, prometem solenemente unir-se mais a Cristo, ser ministros fiéis dele, ensinar e oferecer o santo sacrifício em seu nome, bem como conduzir outros a Ele.

Os textos da missa apresentam um conjunto catequético não somente sobre o sacerdócio ministerial, mas também no relativo ao sacerdócio geral dos fiéis. Desde a antífona de entrada, a assembleia aclama que Jesus Cristo nos tornou um reino e nos fez sacerdotes de Deus, seu Pai.

Outra particularidade é que na missa crismal, não se recita o Credo. Após a renovação das promessas sacerdotais, os óleos são levados em procissão ao altar, onde o bispo pode prepará-los, se já não estiverem prontos. Em último lugar, leva-se o santo crisma, portado por um diácono ou presbítero. Depois dos óleos, são levados o pão, o vinho e a água para a Eucaristia.

Depois do “Santo”, são abençoados o óleo dos doentes e, após a oração depois da comunhão, abençoa-se o óleo dos catecúmenos e se consagra o santo crisma.

(Com Vatican News e Aleteia)

Scroll to Top