Peregrinos açorianos em Fátima “alimentam a chama da fé”

52 peregrinos da diocese de Angra participam na Peregrinação Nacional do Movimento da Mensagem de Fátima

A Peregrinação Nacional do Movimento da Mensagem de Fátima(MMF), que começa esta tarde na Cova da Iria,  conta entre muito outros com 52 peregrinos da diocese de Angra que vêm à Cova da Iria “alimentar a chama da fé” depois de terem recebido em clima de festa a visita da Virgem Peregrina no ínicio deste ano.

“Agora somos nós que vimos visitar a mãe numa peregrinação que faz muito sentido, sobretudo depois das grandes manifestações de fé e de devoção a Nossa Senhora que foram manifestadas nos Açores” disse ao Sítio Igreja Açores um dos responsáveis do Secretariado Diocesano do Movimento da Mensagem de Fátima, Alberto Gonçalves, que acompanha os cerca de 20 terceirenses que integram esta peregrinação nacional.

“Faz muito sentido vir aqui nos cem anos da aparição do anjo porque a fé dos açorianos é muito centrada em Maria e é muito forte”, acrescenta.

“Os sofrimentos que as pessoas colocam nas mãos de Nossa Senhora, o carinho que revelam por Ela… tudo isso faz com que a vinda aqui seja de certa forma a maneira de alimentar este amor numa comunhão com o Santuário” diz ainda Alberto Gonçalves.

O grupo que chegou esta sexta feira e cumprirá, além do itinerário da peregrinação subordinado ao tema “Eu vim para que tenham vida” um conjunto de visitas a vários locais de oração do Santuário e participará na meditação do rosário e nos momentos de adoração, é acompanhado pelo Pe João Furtado, assistente do MMF em São Miguel. Para o sacerdote, vir ao Santuário é uma espécie de cumprimento da metáfora da vida.

“A peregrinação é sempre um momento de comunhão e chama-nos a atenção de que a vida é uma peregrinação até à casa do pai, por isso, acredito, que vai ser uma experiência lindíssima com Maria, que está no coração de todos, dos filhos com a sua mãe e com Deus através da sua mãe”, refere o sacerdote que fala ainda de uma experiência “de fraternidade cristã que chamará a atenção para a beleza de um movimento, criado pelos Bispos de Portugal, e que está em franca expansão.”

Para o pe João Furtado a vida que o mundo atravessa faz com que a atualidade da mensagem de Fátima seja “ainda mais evidente”.

“O Papa João Paulo II disse que a Mensagem de Fátima tal como o Evangelho será sempre nova e desperta nos corações a vontade da paz. Vir ao Santuário, lugar privilegiado de espiritualidade num mundo perturbado com sinais tão evidentes de guerra e de flagelo é importante para que consigamos fazer ouvir esta mensagem em todos os cantos da terra”.

Esta peregrinação nacional do MMF realiza-se no ano em que se assinala o centenário das Aparições do Anjo que, de certa forma, prepararam as Aparições de Nossa Senhora um ano depois. Oração, penitência e conversão são eixos estruturais da mensagem que apela à comunhão e à paz.

“É isto que eu sinto aqui neste lugar” diz Maria de Lurdes Moniz, da paróquia do Senhor Bom Jesus, em Rabo de Peixe, na ilha de São Miguel.

“É uma alegria ser mensageiro de Nossa Senhora e todos os dias rezo e peço perdão pelos meus pecados. Nossa Senhora é mãe e sabe quantas lágrimas são entregues a ela; aqui sinto-me mais em paz para me encontrar com o seu filho”.

Maria dos Anjos vem de São Mateus, na ilha Terceira.

“Vim pagar uma promessa que já tinha seis anos. Já paguei e estou leve, sinto uma enorme paz” referiu numa pequena conversa com o Sítio Igreja Açores. “Vim , sobretudo agradecer e sinto-me muito bem”.

Maria Luísa Cunha vem da paróquia de Santa Luzia de Angra, também na ilha Terceira.

“Vim para acompanhar a minha filha. Rezei muito por este momento e estou muito feliz” porque “respira-se paz tranquilidade e harmonia e a minha filha está aqui comigo”, referiu.

A peregrinação do MMF começa daqui a pouco com o acolhimento de todos os peregrinos de todas as dioceses de Portugal no Centro Pastoral de Paulo VI e prossegue com uma saudação a Nossa Senhora. Termina no domingo com a Missa no Recinto que será presidida pelo bispo de Leiria Fátima, D. António Marto.

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