Professores de EMRC apresentam “desafios e oportunidades” de um caminho conjunto

Reunião decorreu este sábado de manhã em Ponta Delgada

Trinta professores de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) de São Miguel e mais uma dezena nas outras ilhas (Terceira, São Jorge e Pico)  participaram numa reunião presencial e online com os dirigentes nacionais da disciplina e do Secretariado Nacional de Educação Cristã, no Centro Pastoral Pio XII, em Ponta Delgada.

A realidade e os desafios do ensino de EMRC nos Açores, o seu enquadramento legal e os desafios que se colocam à Igreja e à escola no ensino desta disciplina foram os temas da reunião desta manhã que contou com a presença também dos dois responsáveis do Serviço Diocesano de Apoio às Pastoral Escolar, cónego Adriano Borges e Bento Aguiar.

“Foi uma reunião marcada pela simplicidade e pela gratidão aos professores e também à equipa nacional onde debatemos muito a questão dos manuais digitais que está em curso de forma a que esta disciplina evolua neste capítulo como todas as outras nas escolas”, adiantou ao Igreja Açores Bento Aguiar.

Mais de uma década depois, a disciplina é leccionada em todas as escolas da região, incluindo algumas escolas de formação profissional, já que o Corvo, a única ilha que não oferecia este ano teve seis alunos inscritos com professor.

Além desta taxa de oferta a 100% o ano lectivo começou também com 18 professores já profissionalizados, prontos e com “legitimidade” para iniciar a carreira docente, reunindo as condições para manter e consolidar as propostas católicas nas comunidades educativas .

Este ano dois professores iniciaram também o mestrado nesta área.

Na Semana Nacional da Educação Cristã 2022 a Igreja apelou a uma “aliança educativa” alargada, que envolvesse as instituições ou associações implicadas, incluindo as famílias, escolas, instituições católicas e da sociedade civil.

“Numa cultura globalizada e complexa, alcançaremos melhor os frutos desejados se os educadores cristãos trabalharem unidos e conjugarem os seus esforços, sem se isolarem no seu grupo ou na sua área pastoral”, referia então a Comissão Episcopal para a Educação Cristã, para a Semana Nacional da Educação Cristã 2022, que decorreu de 2 a 9 de outubro.

“O educador cristão é chamado a acompanhar o seu grupo, fazendo-se presente e estando disponível para animar a participação concertada dos vários intervenientes da Educação”, apelavam os dirigentes nacionais, num texto intitulado ‘O educador cristão, um guia no caminho’.

“Atualmente, é necessário ensinar a amar, pois o individualismo e o egoísmo marcam o nosso tempo e a nossa cultura. Mostram-se como o caminho largo do êxito e das vantagens pessoais, mas fecham a pessoa em si mesma e no seu bem individual”.

De referir que a lei prevê a oferta obrigatória da disciplina curricular de Educação Moral e Religiosa Católica do Ensino Básico ao Secundário, e também dos cursos profissionais desde que passou a integrar as suas matrizes no ano letivo 2019/2020 (Decreto-Lei nº 55/2018, de 6 de julho). É, por isso, uma componente do currículo nacional, de oferta obrigatória por parte dos estabelecimentos de ensino e de frequência facultativa.

Este ano o portal do Secretariado Nacional da Educação Cristã apresentou ainda, para adoção, os manuais “Ao Encontro”, para o 3º ano de escolaridade; “ Queremos Descobrir!”, para o 8º ano, e três unidades letivas para o 11º ano: “Civilização do Amor”, “Religião: Diversidade e Encontro” e “Ciências e Religião”.

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