Reitor do Santuário do Senhor Santo Cristo defende horários diferenciados para turistas na visita aos espaços de culto

Cónego Adriano Borges empenhado na difusão do culto ao Senhor Santo Cristo na perspetiva do peregrino e do turista religioso

O património religioso “deve ser visto e promovido” mas a Igreja deve proteger os peregrinos e os crentes reservando horários específicos para os turistas que visitam o Santuário apenas numa perspetiva cultural. A ideia é deixada pelo reitor do Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres, cónego Adriano Borges, numa entrevista ao programa de rádio Igreja Açores que vai para o ar este domingo, depois do meio dia no Rádio Clube de Angra.

“É preciso proteger-se o crente e o peregrino sem vedar o acesso aos turistas” refere o sacerdote lembrando que “há vantagens” em definir-se um horário para “uma função mais turística” que deve ser sempre conciliado “coma necessidade de silêncio e de um clima propicio à oração por parte dos peregrinos”

“As obras de arte têm de ser visitáveis, têm de ser vistas porque o património é para ser visto mas também se tem de preservar a intimidade dos peregrinos”, esclarece.

A entrevista do Cónego Adriano Borges faz um balanço das comemorações do 60º aniversário de elevação do Santuário do Senhor Santo Cristo a Santuário Diocesano, dando corpo à expressão da fé dos açorianos.

“Tenho provas concretas de que esta devoção ao Senhor Santo Cristo é transversal nos Açores. Recebemos correspondência de todas as ilhas, tal como os  peregrinos são de todas as proveniências. É comum doentes deslocados virem aqui rezar e pedir a intercessão do Senhor Santo Cristo” afirma o responsável lembrando, por outro lado, que há culto ao Senhor Santo Cristo em todas as outras ilhas do Arquipélago, com festas próprias como é o caso de Santa Maria, Graciosa ou São Jorge, mas também no Pico e na Terceira.

O ano que agora está a terminar foi de festa, marcada pela realização de conferências, “de forma descentralizada pois quisemos levar o Santuário a outras paragens” e de um congresso que refletiu sobre os Santuários e a religiosidade dos açorianos.

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