Santo Cristo estreia cálice e patena na missa do domingo da festa

Alfaias em prata foram criadas por um jovem ourives micaelense, já premiado internacionalmente

O cálice e a patena que vão ser utilizados por D. José Avelino Bettencourt na missa campal de domingo, no âmbito da Festa do Senhor Santo Cristo dos Milagres, foram criados pelo jovem ourives micaelense Romeu Bettencourt por ocasião da comemoração dos 60 anos de elevação do Santo Cristo a Santuário Diocesano.

Esta manhã, durante a apresentação da capa, o reitor do Santuário fez questão de apresentar as duas peças que integram as alfaias litúrgicas desta solenidade mas que também são uma oferta do Santuário ao Núncio português que representa a Santa Sé na Arménia e na Geórgia e presidirá à festa deste jubileu.

O conceito da criação deste cálice assenta em dois pontos: a clausura das Irmãs que foram da Caloura para o Convento da Esperança em Ponta Delgada e o Corpo e Sangue de Cristo, refere uma nota enviada ao Igreja Açores.

O Cálice de 26 cm de altura em prata e prata dourada está designado por uma base abaulada, polida, onde assentam vinte fios de secção redonda que se cruzam ao longo do corpo do cálice, Lê-se no texto da descrição das peças.

“Com este entrelaçamento em vertical até à copa realça-se o espírito da clausura, o sentido do retiro, o recolhimento e a oração. Cada um destes fios também simboliza a ajuda e a partilha, o Homem, e a elevação do Sangue de Cristo”, acrescenta ainda o autor.

Na base realça-se a existência de um reflexo/espelho que sobressai do interior do cálice em forma de estrela , que simboliza Deus e o Universo.

A Patena simples e polida sublinha a luz que eleva o Corpo de Cristo.

A obra é constituída por Cálice e Patena envolta numa caixa Premium, com gravação e distinção.

Romeu Bettencourt é um jovem criador açoriano que nasceu na ilha de São Miguel, formado na Escola Secundária Artística Soares dos Reis.

Em 2006, ruma à Escócia para estudar no North Glasgow College, e em 2007 entra na ESAD – Escola Superior de Artes e Design, Matosinhos, licenciando-se em Joalharia.

Em 2016 ganhou o prémio Designer Revelação em Joalharia.

A marca em nome próprio começa a dar os primeiros passos, mas o conceito está já bem vincado.

“A linguagem é geométrica e minimalista, mas sedutoramente feminina. A construção remete-nos para os princípios da engenharia, com linhas dinâmicas e formas mecânicas, que dão a ilusão de um movimento permanente”,  lê-se na sua página do facebook.

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