Vaticano: Papa lembra obrigação de um desenvolvimento que esteja ao serviço de todos

Seminário reúne 180 especialistas em volta do tema «bem comum na era digital», com atenção particular à robótica

O Papa Francisco sublinhou hoje no Vaticano a obrigação de um desenvolvimento que esteja ao serviço de todos, recebendo 180 participantes num Seminário sobre “O bem comum na era digital”, que abordou temas como a robótica.

O evento é promovido pelo Conselho Pontifício para a Cultura e o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, organismos da Santa Sé.

“Os notáveis desenvolvimentos no campo tecnológico, especialmente sobre a inteligência artificial, apresentam implicações cada vez mais significativas em todos os setores da ação humana. Por isso, julgo mais do que necessários debates abertos e concretos sobre este tema”, declarou o Papa.

A intervenção citou a encíclica ‘Laudato Si’, para considerar que qualquer benefício que a humanidade possa obter do progresso tecnológico dependerá da extensão do uso “ético” dessas novas possibilidades.

Francisco alertou para os perigos do que chamou “paradigma tecnocrático”, que pode eliminar outros fatores de desenvolvimento.

“Aprecio o fato de não terdes medo de declinar, às vezes até de maneira precisa, certos princípios morais, tanto teóricos quanto práticos, no contexto do bem comum. O bem comum é um bem ao qual todos os homens aspiram”, assinalou o pontífice.

Francisco alertou para as consequências negativas do uso da robótica no mundo laboral, dado que permite aumentar lucros, mas “priva milhares de pessoas do trabalho, colocando em risco a sua dignidade.

“Se o chamado progresso tecnológico da humanidade se tornar inimigo do bem comum, poderia levar a uma infeliz regressão e a uma forma de barbárie ditada pela lei dos mais fortes”, alertou, numa intervenção divulgada pela Santa Sé.

(Com Ecclesia)

 

 

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