Governo Regional dos Açores cria grupo de trabalho para estudar recuperação dos Órgãos de Tubo das Igrejas açorianas

Na Região existem cerca de 50 Órgãos de Tubo

O Governo dos Açores criou uma comissão consultiva para o trabalho de inventariação e conservação dos órgãos de tubo da região, segundo um despacho hoje publicado em Jornal Oficial.

“Pretende-se dar continuidade a um processo que já tinha sido iniciado e que foi traduzido num livro publicado pela Direção Regional da Cultura sobre a inventariação dos órgãos, muitos dos quais já foram intervencionados, havendo que acabar todo este processo”, disse à agência Lusa o diretor regional da Cultura, Nuno Lopes.

Nuno Lopes afirmou que o objetivo é que a recuperação dos órgãos de tubos “não se faça de forma aleatória”, por parte de párocos ou das comissões fabriqueiras (ou “fábricas das igrejas”, entidades responsáveis pelos bens e direitos de conservação, reparação e manutenção de uma igreja).

Outra das metas referidas pelo diretor regional da Cultura aponta para a necessidade de uma avaliação de todos os instrumentos que faltam recuperar, “estabelecendo-se prioridades em função do seu valor qualitativo, importância histórica e operacionalidade”, assim como o seu custo.

“Pedimos a colaboração dos especialistas portugueses nesta área que manifestarem o seu contentamento por contribuírem para a preservação de um património que consideram não só único nos Açores mas no país e, em alguns casos, na própria Europa, porque os órgãos mantiveram-se na região na sua versão original, enquanto noutros sítios foram progredindo e sofrendo evoluções”, declarou o responsável.

De acordo com Nuno Lopes, a Comissão para os Órgãos Históricos dos Açores vai aconselhar o Governo Regional sobre as prioridades que se devem estabelecer em termos de recuperação de órgãos de tubos, assim como proceder a uma apreciação das propostas dos organeiros que irão proceder aos restauros.

O responsável adiantou que outra das funções dos especialistas é promover uma “validação técnica” das propostas e dos orçamentos, bem como proceder à fiscalização dos trabalhos.

Integram a Comissão para os Órgãos Históricos dos Açores, Isabel Albergaria, musicóloga e organista, João Vaz, musicólogo, organista e professor, Marco Brescia, musicólogo, organista e investigador, Ana Nascimento, licenciada em História da Arte, e Paula Romão, licenciada em Química.

Existem cerca de 50 órgãos de tubos nos Açores, onde o Governo Regional criou legislação ao abrigo da qual suporta os custos com a intervenção no restauro de instrumentos que integrem o inventário da Região.

(Com Lusa)

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