Angra inicia ano pastoral no próximo domingo com propostas “modestas” mas “articuladas”

Embora já tenham decorrido três momentos de formação para sacerdotes a 19, 20 e 21 de setembro, o ano pastoral começa formalmente no primeiro domingo do mês de outubro

Começa no próximo domingo o ano pastoral 2022/2023 na diocese de Angra e embora não existam orientações comuns a todas as ouvidorias, o que acontece pela primeira vez em quase 30 anos, o Administrador Diocesano lembra que o tempo não é para baixar os braços.

“O nosso compromisso e empenho com a causa do evangelho da alegria não nos deixa de braços caídos. Mesmo em situação de sede vacante a nossa igreja local continua congregada pelo Espírito Santo, pelo Evangelho e pela Eucaristia” refere o cónego Hélder Fonseca Mendes numa carta enviada ao clero a que o Igreja Açores teve acesso.

Na ausência de um plano conjunto, com orientações especificas para a diocese insular, o sacerdote recomenda aos colegas, e às comunidades, que cruzem “iniciativas e propostas a nível nacional”, numa partilha “fundamental para sairmos mais ricos das ofertas que temos e evitarmos o vazio, a confusão ou a sobreposição”.

O Administrador Diocesano, que assinala este momento formal de abertura do ano pastoral com esta mensagem a todo o povo de Deus, convida os ouvidores “a um trabalho articulado” com os serviços diocesanos.

“Seremos modestos na nossa programação diocesana até ao inicio de 2023 para que o novo bispo de Angra possa ajudar a construir o que nos falta”, refere.

“Mesmo em sede vacante a nossa igreja continua congregada pelo Espírito Santo” e “não faltam novidades e sugestões para o presente ano pastoral”.

“Estamos longe de esgotar as necessidades detetadas para uma igreja que seja evangelizadora, missionária, em diálogo com o mundo, participativa nos seus serviços e ministérios e integradora, que ouça a voz dos pobres”, alerta ainda.

De olhos postos no passado e em jeito de balanço “para o bem que já fazemos” como a catequese, os cursos de formação, as celebrações ou as ações de caridade, sobretudo no tempo da pandemia e da guerra “com a pobreza a aumentar”, aponta já para o futuro próximo, sublinhando que “são fortes solicitações” que devem ser assumidas com “a mesma fidelidade sempre criativa”.

Destaca a Jornada Mundial da Juventude de Lisboa, que deve ser vista como uma oportunidade para “colocar os jovens como prioridade, a animá-los, motivá-los e envolve-los” quer na preparação quer na participação na jornada diocesana da juventude em cada ilha, quer na Jornada Mundial em Lisboa, pedindo atenção para as  catequeses e oração nos dias 23 de cada mês nas diferentes igrejas JMJ dos Açores. O sacerdote elenca alguns dos eventos nacionais que terão lugar em outubro nomeadamente a Semana Nacional de Educação Cristã ( de 2 a 9 de outubro); o Congresso Missionário de Diálogo Inter-religioso (de 14 a 15 de outubro), em Lisboa; o Dia dos Bens Culturais da Igreja (18 de outubro) ou as Jornadas de Catequistas em Fátima (22 a 23 de outubro) a merecer a atenção e a participação dos agentes diocesanos insulares. Recorda, por outro lado, alguns momentos regionais como a Assembleia Nacional dos Centros de Preparação para o Matrimónio (8 de outubro) e os 500 anos da Misericórdia da Horta (14 de outubro) e do sismo de Vila Franca (22 de outubro), como momentos que devem ser relevados do ponto de vista diocesano. Em novembro, para além dos Dias de Todos-os-Santos e Fiéis defuntos, destaque para o Dia da Diocese, a 3 de novembro, com a publicação de um livro para crianças sobre a vida do Beato João Baptista Machado, padroeiro da diocese.

Da formação do clero, desenvolvida este mês de setembro e na qual participaram 75 sacerdotes, o cónego Hélder Fonseca Mendes salienta o trabalho resultante da Caminhada sinodal iniciada há três anos e para o tempo sinodal que a Igreja vive e para o qual somos todos convocados.

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