Bispo de Angra destaca “dinamismo pastoral” de D. António Marcelino

Bispo emérito de Aveiro faleceu aos 83 anos. D. António de Sousa Braga lembra o seu trabalho no Apostolado dos Leigos.

Numa nota a que o Portal da Diocese teve acesso, D. António de Sousa Braga refere-se ao Bispo Emérito de Aveiro, que faleceu ontem à tarde, aos 83 anos, como “um impulsionador do Apostolado dos Leigos”, no âmbito do qual dirigiu vários serviços.

O Bispo de Angra lembra D. António Marcelino, como um homem de “grande dinamismo Pastoral”, sempre na linha do Concílio Vaticano II, que era a “sua paixão”.

Mesmo quando entrou na idade da reforma, escreveu artigos ”muito  pertinentes”, do ponto de vista eclesial, cultural e social, “sempre crítico em analisar e denunciar, abrindo pistas novas para a implementação do Concílio Vaticano II”, acrescenta o responsável pela Diocese de Angra.

“Interessava-se por todas as Dioceses, também pela nossa, que conhecia razoavelmente, pelos frequentes contactos que teve com ela, como conferencista e orientador do Retiro Anual do Clero. Foi sempre um acérrimo defensor de uma segunda Diocese nos Açores, para se poder formar uma Província Eclesiástica nas Ilhas atlânticas”, refere D. António de Sousa Braga.

Também o porta voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP)  recordou já a “simplicidade” e “proximidade” de D. António Marcelino.

“Exerceu cargos de responsabilidade cimeira na Igreja em Portugal (bispo auxiliar de Lisboa e depois bispo de Aveiro, vice-presidente da Conferência Episcopal), mas sempre com simplicidade e proximidade a todos. Talvez por isso, mostrava tão vincada admiração pelo estilo do Papa Francisco”, refere o padre Manuel Morujão à Agência ECCLESIA.

D. António Marcelino foi nomeado bispo coadjutor da Diocese de Aveiro em 1980, tendo sido bispo residencial de 20 de janeiro de 1988 a 21 de setembro de 2006, quando foi substituído por D. António Francisco dos Santos.

“Nos diversos cargos que desempenhou, ficou patente o seu entusiasmo apostólico, a sua alegria contagiante. De modo algum foi um «funcionário clerical», mas um homem irradiava fogo missionário”, acrescenta.

Natural de Castelo Branco, onde nasceu a 21 de setembro de 1930, D. António Marcelino foi ordenado padre em 1955, bispo auxiliar do Patriarcado de Lisboa em 1975 e coadjutor da Diocese de Aveiro em 1980, sucedendo a D. Manuel de Almeida Trindade no dia 20 de janeiro de 1988.

O seu funeral decorre às 15h00 de sexta-feira, na Sé de Aveiro, seguindo depois o cortejo fúnebre para o cemitério central da cidade.

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