Bispo de Angra participa nas exéquias fúnebres de D. José Policarpo

Funeral realiza-se sexta feira às 16h00 na Sé de Lisboa.

Foi com “surpresa e consternação” que o Bispo de Angra, D. António de Sousa Braga recebeu a notícia da morte do patriarca emérito de Lisboa, D.José Policarpo, no retiro quaresmal em Fátima onde ambos participavam.

 

Em declarações ao Portal da Diocese, D. António de Sousa Braga lembra a “importância” de D. José Policarpo para a Igreja, em todas as dimensões e refere que estará presente no funeral, em Lisboa na próxima sexta feira.

 

De resto, o Bispo de Angra é um dos 45 bispos portugueses que, tal como D. José Policarpo, participava num retiro quaresmal em Fátima.

 

D. José Policarpo, patriarca emérito de Lisboa, faleceu hoje aos 78 anos, vítima de aneurisma na aorta, anunciou a diocese.

 

“O patriarca emérito encontrava-se em retiro em Fátima quando por uma indisposição foi levado para o Hospital do SAMS, onde veio a falecer vítima de um aneurisma na aorta”, refere uma nota oficial do patriarcado.

 

São várias as reações que se sucedem ao desaparecimento de D. José Policarpo.

 

O primeiro-ministro evocou hoje D. José Policarpo como um “homem de fé”, “tolerância” e “serviço à Igreja à comunidade e à Igreja Católica”.

 

“A Igreja e o País sentirão a sua falta na defesa dos valores cristãos, do auxílio aos mais desprotegidos e do diálogo inter-religioso”, refere uma nota à imprensa de Pedro Passos Coelho, divulgada pela agência Lusa.

 

O patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, lembrou a este propósito a “memória viva” no “muito trabalho” que D. José Policarpo desenvolveu com “bondade e lucidez”.

 

“A sua memória mantém-se viva no muito trabalho que D. José Policarpo desenvolveu com bondade e lucidez à frente da diocese de Lisboa”, afirmou à Rádio Renascença.

 

O presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d’Oliveira Martins, recorda D. José Policarpo, como uma das “grandes figuras” da Igreja e um dos maiores especialistas dobre o Concílio Vaticano II.

 

Marcelo Rebelo de Sousa recorda D. José Policarpo como uma das figuras marcantes da cultura portuguesa.

 

“Foi um grande pedagogo, nomeadamente como reitor do seminário dos Olivais, foi também uma grande figura da cultura, da inteligência e do pensamento nacional, reconhecido pelas instituições mais variadas do país”, declarou o comentador à Renascença.

 

O presidente da Comissão da Liberdade Religiosa, Fernando Soares Loja, lembrou o patriarca emérito de Lisboa como um “homem corajoso” que não “pedia licença para dizer o que pensava”.

 

As exéquias do cardeal, presididas pelo patriarca de Lisboa D. Manuel Clemente, vão ser celebradas esta sexta-feira, às 16h00, na Sé Patriarcal, seguindo depois o corpo para o Panteão dos Patriarcas, em São Vicente de Fora.

 

O corpo vai chegar na quinta-feira à Sé de Lisboa, pelas 15h00, permanecendo em câmara ardente.

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