Cristo é mais do que “personagem histórica”, sublinha o Papa

O Papa disse hoje no Vaticano que Cristo é mais do que uma “personagem histórica”, convidando os católicos a invocar o Espírito Santo para dar vida à sua oração.

“No Espírito, tudo é vivificado: a possibilidade de encontrar Cristo está aberta aos cristãos de todos os tempos e lugares. Está aberta a possibilidade de encontrar Cristo, não apenas de recordá-lo como uma personagem histórica”, declarou, na audiência geral, transmitida desde a biblioteca do Palácio Apostólico.

“Se Cristo estivesse apenas distante no tempo, estaríamos sozinhos e desorientados no mundo”, acrescentou.

Na última das suas reflexões sobre a oração como “relação com a Santíssima Trindade”, Francisco falou hoje, em particular, do Espírito Santo.

“Ele não está distante, está connosco: ele ainda educa os seus discípulos transformando os seus corações, como fez com Pedro, com Paulo, com Maria de Magdala, com todos os apóstolos”, apontou.

O Papa apresentou o Espírito como “dom fundamental” da existência de um cristão.

“Sem o Espírito, não há relação com Cristo e com o Pai, porque o Espírito abre o nosso coração à presença de Deus e atrai-o para aquele ‘turbilhão’ de amor que é o coração do próprio Deus”, indicou.

A intervenção evocou a experiência de tantos homens e mulheres que “o Espírito Santo formou segundo a medida de Cristo, na misericórdia, no serviço, na oração”.

“É uma graça poder encontrar pessoas assim: percebe-se que nelas pulsa uma vida diferente, o seu olhar vê além. Não pensemos apenas em monges e eremitas; também os encontramos entre pessoas comuns, pessoas que teceram uma longa história de diálogo com Deus, por vezes de luta interior, que purifica a fé”, referiu Francisco.

O Papa deixou uma saudação aos ouvintes portugueses que acompanharam a transmissão: “Queridos irmãos, peçamos ao Senhor que derrame em nós a abundância dos dons do seu Espírito, para que possamos, cada vez mais unidos a Cristo na oração, tornar-nos testemunhas de Jesus até os confins da terra”.

No final do encontro, Francisco destacou a próxima celebração da solenidade de São José, a 19 de março, convidando os católicos a “confiar-lhe” a sua existência a este “grande santo”.

“Invocai-o sempre, especialmente nos momentos difíceis que possais encontrar”, referiu o Papa, que em dezembro de 2020 convocou um ano especial de São José, no 150.º aniversário da sua proclamação como patrono da Igreja.

(Com Ecclesia)

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