Encontraram-se a Bondade e a Misericórdia

Responsável pela pastoral da comunicação, Pe Marco Bettencourt Gomes elogia pontificado e Francisco

Neste próximo domingo a Igreja católica inscreve no cânone dos santos dois papas, os beatos João XXIII e João Paulo II. A data da canonização não foi deixada ao acaso: é o domingo II da Páscoa, que o Papa João Paulo II estabeleceu como da Divina Misericórdia.

 

Curiosamente, ambos os papas passaram pelos Açores (João Paulo II, na visita de 11 de maio de 1991, às ilhas da Terceira e depois São Miguel; João XXIII, antes de ser feito Patriarca de Veneza, enquanto Núncio Apostólico, desembarcou na ilha de São Miguel, a convite do Visconde de Botelho, sendo recebido no Palácio da Senhora da Vida, em Ponta Garça).

 

João XXIII entra para a história da Igreja como “o Papa Bom”. O seu pontificado fica marcado pela renovação conciliar que provocou o “aggiornamento” da Igreja: Povo de Deus, Comunhão ministerial, recuperação da patrística e da sagrada escritura. Num mundo saído de duas guerras, no meio de tristezas e dores, a Igreja aparece como sinal de esperança. São muito conhecidos os ditos deste papa (os seus fioretti), cheios de humor.

 

João Paulo II entra para a história da Igreja como Globetrotter, o Papa peregrino que veio de Leste e espalhou a mensagem que derruba todos os muros: Deus é Misericórdia. Apresentou à Igreja a recitação do rosário como a sua oração preferida. Muito querido pelos jovens, instituiu as Jornadas Mundiais da Juventude. Perdoou a quem o feriu a tiro. Beatificou os pastorinhos de Fátima.

 

Estes dois papas, Angelo Roncalli e Karol Wojtyla, apresentam ao mundo católico dois valores, atributos divinos que são desafios de humanidade. A bondade e a misericórdia. Como recorda o Papa Francisco na sua recente exortação pós-sinodal Evangelli gaudium (A alegria do evangelho): “A primeira motivação para evangelizar é o amor que recebemos de Jesus”.

 

Marco Bettencourt Gomes

Scroll to Top