Resplendor do Senhor Santo Cristo integra exposição a partir de amanhã

Cinco jóias setecentistas vão estar em exposição no Museu Nacional de Arte Antiga. Uma delas é o Resplendor do Senhor Santo Cristo dos Milagres

A exposição “Splendor et Gloria- Cinco Joias Setecentistas de Exceção”, um dos “mais ambiciosos” projetos do Museu Nacional de Arte Antiga, que integra o Resplendor do Senhor Santo Cristo, será inaugurada esta quarta feira, em Lisboa.

Na cerimónia de inauguração estarão presentes o Vigário Geral da Diocese, Pe Hélder Fonseca Mendes, em representação do Bispo de Angra e o Presidente da Comissão Diocesana dos Bens Culturais da Igreja, Pe Duarte Melo.

Programada para o mês de julho, a mostra foi adiada em “consequência do complexo processo de restauro” da Custódia da Sé Patriarcal de Lisboa, uma das peças que irão ser expostas ao lado da Custódia da Bemposta, obra-prima da coleção do Mseu Nacional de Arte Antiga, do Resplendor do Senhor dos Passos da Graça, Lisboa, do Resplendor do Senhor Santo Cristo dos Milagres, Ponta Delgada, e a Venera das Três Ordens Militares das Joias da Coroa Portuguesa (Palácio Nacional da Ajuda).

“São cinco joias de exceção que ilustram o esplendor artístico da corte de Lisboa durante o século XVIII e espelham o protagonismo de dois artistas igualmente excecionais: o arquiteto Mateus Vicente de Oliveira, como desenhador de obras de ourivesaria, e o joalheiro da coroa e cravador de diamantes, Adam Gottlieb Pollet”, sublinha uma nota do Museu Nacional de Arte Antiga.

Reunindo um acervo “a todos os títulos excecional”, esta exposição visa “consolidar os avanços da mais recente historiografia, sumariamente abordados no quadro da mostra “A Encomenda Prodigiosa. Da Patriarcal à Capela Real de São João Baptista” (núcleo do Museu de São Roque), que o Museu Nacional de Arte Antiga e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa-Museu de São Roque organizaram em 2013”, prossegue a referida nota.

As exposições da Sala do Tecto Pintado – assim designada por ostentar parte da quadratura original realizada pelo pintor toscano Vincenzo Bacherelli (1672- -1745) – têm como alicerce comum o estudo, a conservação e a valorização das peças expostas e do acervo do Museu.

O Resplendor do Senhor Santo Cristo encontra-se à guarda do Museu Nacional de Arte Antiga desde o passado mês de junho, que tal como previsto no protocolo assinado com a Diocese de Angra procedeu à limpeza da peça (procedimento que teve também com as restantes que integram a exposição).

É a primeira vez que uma peça do tesouro do Senhor Santo Cristo se desloca para o exterior “num claro reconhecimento e respeito por este culto”.

Embora a exposição só termine no dia 4 de janeiro do próximo ano, o Resplendor regressará ao Santuário no dia 31 de outubro conforme ficou protocolado, seguindo as mesmas regras de segurança que o acompanharam até Lisboa.

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