Missão ad gentes em plena Ásia já leva dois meses

Sara Ferreira, a açoriana que integra o grupo de 30 europeus adapta-se em escola local

A “família” europeia do Caminho Neocatecumenal que partiu no final do mês de julho para um país asiático, onde se integra a açoriana Sara Ferreira,  está a dar os primeiros passos na sua missão ad gentes.

Com a barreira da língua ainda por vencer, a jovem micaelense de 25 anos, é uma das duas solteiras que integra esta missão que está “a correr dentro daquilo que era previsto”.

Segundo uma nota enviada ao Portal da Diocese, “os dias são passados entre a escola, onde se aprende a língua e o apartamento” que divide com uma italiana de 27 anos, que também integra a missão.

“O Papa quando nos deu a sua benção, em Fevereiro, no Vaticano, disse-nos para não nos preocuparmos porque o Espírito Santo estaria aqui à nossa espera, e estava”, diz a primeira nota enviada por Sara Ferreira à sua comunidade neocatecumenal, na paróquia de São José, em Ponta Delgada, a que o Portal da Diocese teve acesso, após dois meses de vida em terras de missão.

A jovem do Caminho que foi nesta missão por um ano admite, no entanto, que , apesar das dificuldades na obtenção de visto, espera começar em breve a leccionar na escola perto de casa e a ensinar inglês.

Para já, passa os dias a aprender a língua nativa e a rezar junto das comunidades católicas que “são poucas e muito pequenas”.

“As pessoas acolhem-nos muito bem. As palavras são poucas mas sentimos uma enorme paz”, sublinha a nota lembrando que estão habituados a receber missionários e “protegem-nos muito”.

As dificuldades “são grandes”, sobretudo na obtenção de vistos de trabalho e de residência, para além do tradicional visto de turista e isso “por vezes pode trazer algum desânimo”, acrescenta ainda a nota.

“Vontade não nos falta mas tudo muda constantemente e, por isso, espero que não nos vençam pelo cansaço”.

Sara Ferreira foi numa das misões ad gentes que o Caminho Neocatecumenal desenvolveu este ano nos cinco continentes,  por um ano, mas admite prolongar a sua estada caso “o Caminho assim o entenda”.

É natural de Ponta Delgada e pertence a uma das primeiras comunidades açorianas do Caminho Neocatecumenal.

O Caminho Neocatecumenal nasceu há 50 anos em Espanha, por iniciativa do pintor e músico Kiko Argüello e da missionária Carmen Hernández e é reconhecido pela Igreja Católica como “um itinerário de formação católica válido para a sociedade e os dias de hoje”, assente em três pilares fundamentais: a palavra de Deus, a Eucaristia e a vida em comunidade.

Atualmente o Caminho Neocatecumenal está implantado também em algumas nações tradicionalmente não cristãs, como China, Egito, Coreia do Sul e Japão.

 

No que respeita à missão ad gentes, o grupo católico conta atualmente com mais de 230 famílias a trabalharem em 52 cidades.

 

Nos Açores o Caminho Neocatecumenal entrou pela “ mão” de D. António de Sousa Braga, em 2004, e está “instalado” em sete paróquias onde existem 13 comunidades neocatecumenais, nas ilhas de São Miguel (7) e da Terceira(6) e a mais jovem no Pico.

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