Instituto Católico de Cultura e RTP Açores promovem segunda edição da série Igreja e Sociedade

Iniciativa vai debater a fé, os jovens e os pobres hoje

A segunda série de programas Igreja e Sociedade, promovido em parceria entre o Instituto Católico de Cultura da diocese de Angra e a RTP Açores, com o apoio do Santuário do Senhor Santo Cristo e, este ano, do serviço diocesano da Pastoral da Cultura, arranca esta quinta-feira, dia 5, às 21h19 e vai discutir as questões da fé, da juventude e da pobreza no pós pandemia.

A série de três programas irá para ar nas próximas quintas-feiras, dias 5, 12 e 19 de maio, sempre à mesma hora,  no canal publico regional.

“A humanidade vive ferida, enfrentando inúmeras ameaças. Depois da guerra pela saúde, durante dois anos, em vários sítios do mundo, hoje luta-se pelo poder dos homens, com guerras injustas ditadas pela fome do poder sobre o outro” refere a organização numa nota enviada ao Igreja Açores.

“As alterações climáticas, as migrações, o atropelo aos direitos humanos, a pobreza, o desrespeito reiterado da dignidade são problemas que tornam o mundo difícil de gerir. A “governança” global precisa de contar com a Igreja, que é a única instituição verdadeiramente global: presente em todo o mundo e em todos os estratos sociais” esclarece ainda sublinhando que é necessário refletir sobre o papel da Igreja na sociedade, junto dos mais jovens e, sobretudo, junto dos mais pobres .

“Poderemos ter voz político-moral neste mundo global? Qual é o nosso papel? O que esperam de nós? Que revolução precisamos de operar para desempenharmos esta missão tão imprescindível? Seremos capazes de propor ao mundo o verdadeiro rosto da misericórdia de Deus? Para ajudarmos precisamos de ser ajudados, precisamos de ouvir quem precisa de nós para juntos construirmos caminho” são algumas das questões que irão ser levantadas nos três programas: “É possível ter fé hoje?”; “Jovens, que futuro?” e “Quem são os pobres hoje?”.

“Depois de um tempo de privação, que deixou tantas vidas adiadas ou suspensas, ao longo da pandemia, é tempo de olharmos os estilhaços provocados na religião e na Igreja” afirma a nota enviada ao Igreja Açores.

Em causa pode estar “o  esgotamento de um certo cristianismo histórico institucional” que “ não anula o desejo da espiritualidade que continua fecundo nas sociedades contemporâneas sobretudo na Europa”, mas que exige uma nova atitude por parte dos cristãos em geral.

“Será que o Cristianismo  está prestes a morrer? Que relevância publica resta para esta religião do livro? Que lugar temos para Deus, junto dos jovens, que olham para o futuro sem esperança; dos mais velhos que vivem um presente em solidão; dos mais pobres que se vêm cada vez mais à margem” são questões que estarão no centro do debate.

À volta das três mesas redondas estarão nomes relevantes destas áreas sociais como o teólogo Juan Ambrosio; o ex provincial da Companhia de Jesus em Portugal, padre José Frazão Correia; o teólogo moralista padre José Júlio Rocha; a reitora da Universidade Católica Portuguesa, Isabel Capeloa Gil; o antigo presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio da Fonseca; o sociólogo e investigador Fernando Diogo; o escritor Joel Neto; a professora catedrática Maria do Céu Patrão Neves, entre outros.

“Como podemos seguir em frente? Que desejamos para a Igreja e o que desejam da Igreja as sociedades contemporâneas? Que cristãos somos e o que esperam de nós os que não têm fé?” são interpelações que irão acompanhar o debate, de olhos postos no caminho sinodal que a Igreja vive, interpelada pelo Papa Francisco.

Os debates serão moderados por Carmo Rodeia, jornalista e diretora do Gabinete de Comunicação do Santuário de Fátima.

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