Padres do Prado em Portugal reúnem Assembleia

Como viver o carisma do prado no interior do presbitério diocesano é o desafio para a próxima semana

São 15 pradosianos entre sacerdotes e padres simpatizantes que, embora sem compromisso no Prado,  se encontram a fazer uma caminhada de aproximação a este carisma que se irão reunir de 25 a 29 de abril em Assembleia na Casa de Santa Rafaela Maria, em Palmela, na diocese de Setúbal. A assembleia portuguesa, que contará com a presença do responsável geral e um dos seus assistentes, irá refletir sobre o modo de viver o carisma do prado no interior do presbitério diocesano. O que significa ser padre do Prado e o que é que lhe é especifico são questões que estarão em cima da mesa.

“O Prado é um dom dado à Igreja, aberto aos padres mas também aberto aos leigos; é uma família religiosa bastante alargada e por isso embora em Portugal não seja tão expressiva, há dinâmicas que vão envolvendo leigos e esta assembleia em particular, que já se deveria ter realizado em 2020, e que foi adiada por causa da pandemia vai permitir lançar novos desafios” afirmou ao Igreja Açores o padre Emanuel Valadão Vaz, coordenado deste Instituto Secular desde 2018

“Vai ser uma assembleia que vai permitir lançar alguns desafios para a frente de forma a que o Prado continue. Não nos podemos fechar em nós próprios e a dinâmica da sionodalidade que o Papa Francisco lançou convida-nos e estimula-nos a não sermos, como nunca fomos, um grupo à parte ; estamos envolvidos e integrados no presbitério diocesano e a nossa espiritualidade deve refletir-se no nosso quotidiano”, refere.

A Associação dos Padres do Prado é fruto de uma graça concedida pelo Espírito Santo à Igreja na pessoa de Antoine Chevrier, padre da diocese de Lyon, para a Evangelização dos pobres.

“A graça do Prado é algo que nos é dado, gratuitamente, não é nosso, nem partiu de nós. A vocação do Prado nasce no seio da Igreja e é uma graça que deve ser posta ao serviço da mesma. É na Igreja que cresce a nossa vocação pradosiana de discípulos e apóstolos de Jesus. O Prado não existe para si mesmo, mas para a Igreja” afirma o padre Emanuel Valadão Vaz, ainda, num texto escrito enquanto coordenador deste Instituto Secular em Portugal.

O Prado chegou a Portugal através do padre Manuel António Pimentel (Diocese de Angra) nos anos sessenta, em pleno concílio Vaticano II. Depois foi dando a conhecer a outros padres da sua diocese e de outras dioceses do país.

Actualmente são dez os padres comprometidos no Prado e sete a fazer a primeira formação. Pertencem às dioceses de Angra, Braga, Coimbra, Santarém e Setúbal. Reúnem-se mensalmente por equipas e realizam todos os anos um retiro aberto a todos os padres diocesanos.

O dom do Prado é, igualmente dado a conhecer aos leigos.

“Vamos ter uma tarde com eles, com dinâmicas de estudo do Evangelho” adiantou ainda o sacerdote que, de forma entusiasmada, recorda que a dinâmica do Prado “é uma experiência muito rica”.

“O Prado não é um anexo, um apêndice, faz parte das nossas tarefas, a espiritualidade do prado acompanha-nos e é algo que nos enriquece e enriquece as comunidades que estamos a servir”, conclui.

Durante a Assembleia será eleito o novo coordenador do Prado Portugal.

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