Papa desafia instituições de saúde a prestar cuidados de saúde tendencialmente gratuitos

Papa recordou hoje papel da santa Madre Teresa de Calcutá

O papa Francisco pediu hoje às instituições católicas de saúde que não coloquem os interesses económicos à frente do cuidado das pessoas, numa mensagem a propósito o Dia Mundial do Doente.
“As instituições de saúde católicas não devem cair na armadilha de colocar os interesses comerciais em primeiro lugar, mas sim proteger os cuidados da pessoa”, disse o papa, na mensagem publicada hoje.
Francisco também pediu às instituições católicas para abraçar “a dimensão da gratuidade” por entender ser “a lógica do evangelho que qualifica seu trabalho, nos países mais avançados e nos mais pobres”.
Na sua mensagem, o pontífice argentino disse que o cuidado dos doentes “exige profissionalismo e simpatia, expressões de gratidão, imediata e simples como o toque, através do qual se faz a outra pessoa sentir-se amado”.
A este respeito, recordou “com alegria e admiração a figura da Madre Teresa de Calcutá, um modelo de caridade que tornou visível o amor de Deus pelos pobres e os doentes.”
“A Madre Teresa ajudou-nos a compreender que o único critério de ação deve ser o amor gratuito, independentemente da língua, cultura, etnia ou religião”, disse.
O exemplo de Madre Teresa de Calcutá, acrescentou, “continua a guiar-nos para abrir horizontes de alegria e de esperança para a humanidade na necessidade de compreensão e ternura, especialmente com aqueles que sofrem”.
O papa fez ainda um agradecimento aos voluntários, considerando-os “muito importantes no setor de saúde e do serviço social” e manifestou-se contra “as conquistas da medicina e da biotecnologia, que podem levar o homem a ceder à tentação de manipulação da árvore da vida”.

(Com Lusa)

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