Ponta Delgada acolhe “fraternidade provisória” de Taizé

Três jovens da Alemanha, Croácia e Polónia darão a conhecer a oração TZ nas Igrejas do Senhor Santo Cristo, Matriz e São José

Três jovens da Alemanha, Croácia e Polónia, `missionárias´ da Comunidade Taizé, em França, vão orientar durante o mês de setembro três momentos diários de oração nas Igrejas do Senhor Santo Cristo (7h30), Matriz (13h00) e São José (18h00) em Ponta Delgada e participar no trabalho pastoral e social com as comunidades cristãs locais.

A iniciativa insere-se no âmbito de uma prática desenvolvida desde 2014, altura em que que a comunidade fundada por Roger Schutz, começou a enviar jovens voluntários para comunidades de acolhimento, dispostas a recebê-los.

As pequenas “fraternidades provisórias” têm sido uma experiência enriquecedora para várias comunidades de acolhimento, paróquias e lugares de solidariedade e também para muitos jovens que viveram esta aventura espiritual, informa uma nota enviada ao sítio Igreja Açores.

De acordo com a nota, a vida destas três jovens, sempre inseridas na dinâmica pastoral da igreja local, uma lógica inerente à “lógica” TZ,  a vida será “ritmada por três orações comunitárias diárias, trabalho pastoral e social com as comunidades cristãs locais, visitas a pessoas isoladas ou em situação de sofrimento, animação de orações abertas a todos e de encontros de jovens”.

A Comunidade de Taizé reúne uma centena de irmãos, católicos e de diversas origens evangélicas, vindos quase trinta países diferentes.

A comunidade foi fundada por um jovem pastor protestante suíço em plena II Guerra Mundial, que se sentiu chamado a acolher os mais carenciados e a procurar a reconciliação entre as pessoas, a começar pelos cristãos.

A comunidade de Taizé surge a 20 de agosto de 1940 e começou por acolher perseguidos políticos, judeus e mais tarde prisioneiros alemães, hoje é constituída por cerca de 100 irmãos das várias igrejas cristãs, incluindo a católica.

Roger Schutz, nasceu na Suíça em 1915, e quando tinha 25 anos foi para a França, país natal da sua mãe, e ficou na pequena aldeia de Taizé, a cerca de 360 quilómetros de Paris.

O irmão Roger que escreveu uma regra para os monges, inspirada na tradição beneditina e inaciana, foi assassinado a 16 de agosto de 2005 durante uma celebração na igreja da Reconciliação, por uma mulher romena com perturbações mentais.

Através da sua própria existência, este grupo comunitário é uma parábola de comunidade: um sinal concreto de reconciliação entre cristãos divididos e entre povos separados.

Para Roger Schut “foi sempre essencial não criar um movimento em torno da comunidade”, esclarece a nota.

“Pelo contrário, cada um é convidado, depois de ter participado numa etapa de peregrinação de confiança, a viver no seu quotidiano aquilo que recebeu do Evangelho; e a fazê-lo mais consciente da vida interior que o habita, assim como dos gestos concretos de solidariedade que estão ao seu alcance” conclui a nota.

Durante o mês de setembro as três jovens de Taizé estarão disponíveis para participar em iniciativas promovidas pela Igreja local nomeadamente dando testemunho desta experiência cristã aos jovens açorianos.

Para a família de acolhimento e promotora da iniciativa- o casal Nuno e Helena Cardoso Dias- trata-se “ de uma oportunidade extraordinária para colocar aos nossos jovens novos desafios e novos horizontes”.

As orações estarão organizadas, de segunda a sexta às 7h30 – Santuário do Convento da Esperança; 13h00 – Igreja Matriz de Ponta Delgada e 18h00 – Igreja de São José, em Ponta Delgada.

Durante o fim-de-semana manter-se-à o mesmo ritmo de oração, que poderá, no entanto ser desenvolvido de forma itinerante, nas comunidades cristãs que manifestem esse desejo.

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