Projeto de apoio a famílias carenciadas em Ponta Delgada mantém pertinência 4 anos depois

Jantar solidário deste sábado angariou dois mil euros

O Plano de São Lucas, em Ponta Delgada, que acaba de completar 4 anos, promoveu este sábado um jantar solidário cuja receita  angariada, de dois mil euros, reverterá a favor do apoio a 37 agregados familiares carenciados.

No jantar, que decorreu no Salão de São José, juntando cerca de 300 pessoas, mobilizou 30 voluntários e mais de uma dezena de empresas.

O Plano São Lucas – Plano de Resposta à Pobreza de São José, na ilha de São Miguel, nos Açores, nasceu em 2011 e é gerido pela Conferência Vicentina de São José e pelo Centro Paroquial de Bem Estar Social de São José, contando com 30 voluntários.

O projeto intervém em várias frentes, desde o nível afetivo e social – há, por exemplo, formação, com a colaboração de empresas – à entrega de alimentos, através da distribuição mensal de cabazes, e vestuário.

O pároco, Pe Duarte Melo, que é também um dos mentores do Plano São Lucas, disse que o projeto já chegou a apoiar 50 famílias. O número vai variando com o tempo: saem uns, entram outros.

“Infelizmente a realidade da pobreza e da miséria é dinâmica e o ideal era de facto quebrar com este ciclo de pobreza, mas para isso era necessário que as pessoas tivessem alguma autonomia financeira”, sustentou Duarte Melo, contando, por outro lado, que existem famílias que conseguiram autonomizar-se, através do projeto, mas “continuam a manter uma relação com a paróquia e tornaram-se voluntários”.

Ainda assim, o pároco referiu que situações como a separação do casal, a perda de emprego ou a falta de trabalho a tempo inteiro afetam rapidamente o contexto familiar.

“Daí a igreja criar esta estrutura de emergência. É um projeto muito comunitário, muito coletivo, para minimizar a pobreza e ajudar as pessoas a terem uma outra dignidade”, sublinhou Duarte Melo.

Ao longo do ano o projeto promove a recolha de alimentos e jantares de angariação de fundos para apoiar famílias, crianças e idosos com dificuldades socioeconómicas.

 

CR/Lusa

 

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