União das Misericórdias frisa que Ano Santo deve ser programático para o Governo

«Que os decisores políticos se dediquem ao serviço dos que mais precisam com ética, humildade, afeto e amor verdadeiros», diz o organismo

A União das Misericórdias Portuguesas abordou o Ano Santo sobre o tema da misericórdia e desafiou o Governo e os decisores políticos a “interiorizarem” e “porem em prática os desafios” propostos pelo Papa Francisco.

“Que os decisores políticos se dediquem ao serviço dos que mais precisam com ética, humildade, afeto e amor verdadeiros”, exorta a UMP, numa nota enviada hoje à Agência ECCLESIA.

Na sequência de uma moção aprovada em conselho nacional, o mesmo organismo estendeu este desafio aos “dirigentes das instituições, colaboradores e voluntários”, salientando que “o tema deste ano jubilar abarca toda a atividade das Santas Casas, os seus valores e a sua missão”.

“Depois da caminhada conjunta que nos é proposta sairemos certamente revitalizados a enfrentar com mais ânimo e alegria os desafios do futuro”, referiu o presidente da UMP.

Manuel Lemos incentivou ainda as “Misericórdias a aprofundarem a espiritualidade e o sentido supremo da sua ação, dos valores que a enformam”, para que tenham sempre presente o “benefício dos que mais necessitam”.

O Jubileu da Misericórdia começa na próxima terça-feira, dia da festa litúrgica da Imaculada Conceição, e vai prolongar-se até 20 de novembro de 2016.

Na bula com que convocou o Ano Santo, o Papa Francisco recorda a “precariedade e o sofrimento” daqueles que hoje “vivem nas mais variadas periferias existenciais, que muitas vezes o mundo contemporâneo cria de forma dramática”.

“Quantas feridas gravadas na carne de muitos que já não têm voz, porque o seu grito foi esmorecendo e se apagou por causa da indiferença dos povos ricos”, escreve o Papa argentino.

No mesmo documento, Francisco apela contra a violência organizada e contra os promotores ou cúmplices da corrupção.

A UMP vai promover ao longo dos próximos meses “um conjunto de iniciativas” que visam “mobilizar as Misericórdias” para uma vivência mais “profunda, refletida e programática” do Jubileu.

“Desejamos que seja um tempo de comemoração e balanço, mas também um tempo de festa e de planeamento estratégico”, refere o mesmo organismo, que se prepara para ir a votos este sábado e eleger novos corpos sociais para os próximos quatro anos.

O ato eleitoral, que terá lista única, liderada pelo atual presidente Manuel Lemos, está previsto para o Centro João Paulo II, em Fátima, e tem início previsto para as 9h30.

 

A tomada de posse deverá acontecer no mesmo dia, pelas 15h00, com as presenças já confirmadas do novo ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José Vieira da Silva, e do bispo auxiliar de Lisboa, D. José Traquina, em representação da Conferência Episcopal Portuguesa.

CR/Ecclesia

 

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