Padre carmelita propõe ao clero açoriano uma reflexão sobre a Profecia e a Mística

Primeiro turno do retiro do clero açoriano arrancou hoje na Casa de Retiros de Santa Catarina, em Angra do Heroísmo

Começou hoje em Angra do Heroísmo o primeiro turno de Retiro do Clero diocesano, na Casa de Retiros de Santa Catarina, que está a ser orientado pelo sacerdote da Congregação dos Padres Carmelitas Descalços, Joaquim Teixeira.

“Para mim será uma experiência de contacto com esta realidade que me é distante” mas “como sou um presbítero que vem para o meio de outros presbíteros julgo que será uma experiência muito positiva” referiu ao Igreja Açores o Padre Joaquim Teixeira.

O tema central à volta do qual os sacerdotes diocesanos serão convidados a refletir é a Profecia e a Mística.

“Como Carmelita Descalço pertenço a uma família de santos que têm e oferecem uma experiência mística” refere o sacerdote sublinhando que  “Há todo um património espiritual que esta família tem e que como carmelita sou convidado a  viver e a transmitir”, acrescentou.

“Tentarei partilhar aquilo que vivo com o presbitério desta diocese apresentando  as referências fundamentais desta tradição espiritual que é o Carmelo, conjugando este binómio da mística como uma experiência profunda e intima de Deus e dos seus mistérios.  E, a partir desta experiência, que marca a vida de cada um de nós,  então perceber como podemos anunciar e ser profetas”, refere ainda.

O Padre Joaquim Teixeira, mestre em Teologia Sistemática, é o provincial da congregação em Portugal desde 2011.

Trabalha na área da pastoral da espiritualidade com a realização de retiros a jovens, casais, religiosas e sacerdotes, organiza e apresenta comunicações em semanas de estudo, encontros de oração e, durante muitos anos, fez parte da equipa formadora dos Carmelitas. Trabalha na pastoral familiar, no apoio a Movimentos e Grupos de casais, nomeadamente do Movimento “Encontro Matrimonial”.

“Neste mundo precisamos de estar profundamente enraizados em Deus; nós não somos transmissores de saber especulativo ou de teorias mas de uma experiência que é a experiência da amizade com Cristo que é convidada a crescer a níveis cada vez mais profundos”, destaca frisando que é “esta novidade constante na relação com Deus” que autoriza e legitima o anuncio.

Na próxima semana será a vez de Ponta Delgada receber o segundo turno do Retiro do Clero diocesano, que começa no dia 5 de fevereiro, no Centro Pastoral Pio XII.

Haverá, ainda, um terceiro turno no Pico, de 2 a 6 de abril, em São Mateus, na Ilha do Pico, que será orientado pelo Cónego Ângelo Valadão, vigário episcopal para a formação.

“É um tempo e uma oportunidade importantes, mesmo imprescindíveis para quem tem a responsabilidade de presidir ao Povo de Deus que lhe está confiado” afirma o bispo diocesano numa carta endereçada a todo o clero.

D. João Lavrador, na carta enviada a todos os sacerdotes lembra que o presbitério diocesano, entre várias ações, “constrói-se e edifica-se pela formação espiritual de todos os seus membros”. Por isso, a apela à participação de todos.

O retiro anual do Clero, além de ser uma obrigação canónica, é também uma oportunidade para o crescimento espiritual dos presbíteros e para reforçar a unidade com o seu prelado diocesano.

Para fazer um retiro é necessário que haja “disposições interiores, tais como, silêncio, meditação, oração pessoal e entrega para uma revisão de vida, que no caso dos presbíteros diz respeito à renovação do compromisso ministerial assumido no dia da ordenação presbiteral”.

Para além destes retiros organizados na diocese há sacerdotes que, habitualmente, participam noutros retiros do clero nomeadamente os promovidos pela Associação dos Padres do Prado.

(Noticia corrigida no dia 24 de janeiro às 9h00)

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