Opinião

Desde que o Papa João Paulo II pediu desculpa pelos pecados da Igreja, que todos passamos a ser culpados não apenas pelo nosso comportamento pessoal, para o qual temos uma consciência que à falta de mais saber eu chamaria de natural, mas também pelo comportamento das organizações onde nos integramos.

A palavra carnaval, associada às festas e manifestações profanas desta época, contém na sua etimologia um sentido particularmente cristão.

E lá se foi o Carnaval na ilha Terceira, com as suas danças e bailinhos, levando consigo, a passo lento, três ou quatro dias de nevoeiro teimoso e denso, daqueles em que mais vale nadar do que andar a pé.

A semana que agora termina e a que vai entrar convocam-nos para uma reflexão sobre a natureza humana e a verdadeira alegria cristã.

Não estou em Roma para noticiar a inauguração dos chuveiros e da barbearia para os sem abrigo na Praça de S. Pedro junto à colunata de Bernini.

Na semana que passou foi nomeado o Cabido da Sé de Angra e reconhecemos os doze novos cónegos que vão apoiar Dom António Bispo de Angra na evangelização das palavras e dos gestos dos açorianos.

Esta pergunta retórica tem a conclusão implícita: vale tudo.

A comunicação social divulgou há dias a morte de um doente com Hepatite C e muitos nos apercebemos da interpelação feita por um outro doente ao Ministro da Saúde no Parlamento.

A vida também se faz de pequenas histórias.

De cada vez que o Tolentino Mendonça escreve um poema, há um vulcão por debaixo das palavras.